O estatuto prevê cinco vice-presidentes. Na prática, levando em conta ainda a morte de Delfim Peixoto, a CBF termina 2016 com dois vices integrados e com prestígio, ainda que seja por motivos diferentes, e outros dois distantes das decisões da sede José Maria Marin. Fernando Sarney está em primeiro lugar no prestígio, já que representa o país na Fifa e na Conmebol e é visto como preparado para a isso. Já o Coronel Nunes tem abrigo no Rio por ser estrategicamente o primeiro na linha de sucessão de Del Nero.

Por outro lado, Marcus Vicente e Gustavo Feijó é que estão um pouco distantes. Vicente, que chegou a ser presidente da CBF durante licença de Marco Polo em 2015, tem se concentrado no mandato de deputado federal e acionado em Brasília quando necessário para articular sobre as matérias ligadas ao futebol. Já Feijó está com o “filme queimado” desde o fim da Rio-2016. Ele publicou vídeos de jogadores da Seleção Olímpica e até do técnico Rogério Micale (sem autorização) na página da campanha à Prefeitura de Boca da Mata (AL). Isso pegou muito mal.

 
 
 

Marcus Vicente e Feijó, por exemplo, nem estiveram na premiação do Brasileirão, quando houve uma reunião de encerramento do ano na CBF com os presidentes de Federação. No caso de Vicente, a agenda com votações na Câmara foi um obstáculo a mais.

Voltando a falar sobre os que têm moral com Del Nero, o Coronel Nunes tem gerado comentários, principalmente entre os presidentes de federação mais antigos. Ao se tornar o substituto imediato de Del Nero, o Coronel se mudou para o Rio, bate ponto quase todo dia na CBF, com direito a sala própria e ajuda de custo. Essa rotina de benesses tem gerado incômodo em alguns dirigentes.