O Fluminense se orgulha da sua categoria de base, mas será a tão elogiada Xerém gera lucro ao clube? Para responder esta pergunta o NETFLU apurou que nos últimos quatro anos o Tricolor obteve um lucro de R$ 129 milhões. Nesse contexto, o Flu gastou com todos os processos da chamada “Academia de formação continuada de Xerém” que engloba futsal, escolas oficiais guerreirinhos, Xerém e Samorin cerca de R$ 16 milhões por ano, ou R$ 64 milhões ao todo. As vendas, neste mesmo período, de atletas formados na base renderam cerca de R$ 193,7 milhões aos cofres do clube. Entretanto, apesar da quantia arrecadada, o Fluminense ainda sofre com problemas financeiros, atrasos de pagamentos e dívidas trabalhistas.

Embora os números sejam favoráveis quando se trata das divisões de base, o Fluminense decidiu diminuir os gastos com Xerém, cortando projetos que eram considerados importantes para os diretores da base tricolor, como o Michael Johnson Performance, Samorin e as participações em torneios internacionais com times de Xerém. Em 2019 está previsto um gasto de R$ 13 milhões com as joias da base. O Fla, por exemplo, investe cerca R$ 20 milhões.

 
 
 

Os valores arrecadados pela base poderiam ser ainda maiores. Além das negociações já realizadas serem consideradas baixa pelos torcedores, o clube ainda deixou de embolsar cerca de R$ 130 milhões com Pedro, que tinha acerto com o Real Madrid (ESP), mas a lesão no joelho direito esfriou as tratativas. E também com a recusa da oferta de R$ 66 milhões da Roma (ITA) pelo atacante Marcos Paulo.

A alta quantia deveria ser um indicativo de que os jovens atletas podem ser uma boa fonte de receitas. Porém, o valor é inferior ao que o rival Flamengo arrecadou apenas com as vendas de Vinícius Júnior e Lucas Paquetá. O atacante foi vendido ao Real Madrid (ESP) por R$ 164 milhões – apenas R$ 29 milhões a menos que o Fluminense lucrou com oito jogadores. Já o meia, que foi para o Milan (ITA), rendeu R$ 150 milhões aos cofres do rubro-negro.