O Fla-Flu da última semana acabou ganhando ares polêmicos por conta de alguns torcedores tricolores terem chamado o rival de “time assassino”, em alusão ao incêndio que, no ano passado, vitimou dez jogadores da base. Por conta disso, o Fluminense foi denunciado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) e pode até perder pontos. Hoje comentarista de futebol, o ex-atacante Edmundo, que passou pelos dois clubes, fez um desabafo no programa “Expediente Fox” da última terça.

Edmundo sofreu um acidente de carro em 1995, quando jogava justamente pelo Flamengo, no qual duas pessoas morreram. Segundo ele, a torcida rubro-negra sempre o chama de assassino, mas com o clube isso é visto de outra forma.

 
 
 

— Eu já joguei no Japão, na Europa, e lá os atletas são respeitados. Aqui no Brasil é diferente, o jogador é visto como um vagabundo que ganha muito dinheiro. […] Eu me envolvi em um acidente de carro em 1995, e há 24 anos eu passo por linchamento público. A torcida do Flamengo me chama de assassino toda vez que me vê. Aí, na semana passada, eles não puderam ser chamados de assassinos pela torcida do Fluminense. É um absurdo. Um atleta pode ser humilhado, uma instituição, não. É a mesma coisa! Eu nunca vi ninguém me defender. Eu não posso ir no amistoso do Zico no fim do ano que eu sou achincalhado pela torcida do Flamengo, eles me chamam de assassino. […] E eu nunca tive ninguém para me defender. Desculpem, eu me exaltei – falou.

Enquanto Edmundo ainda jogava profissionalmente, nenhum clube sofreu qualquer punição por conta dos gritos direcionados contra ele.