(Foto: Nelson Perez/FFC)

O pedido de impeachmet do presidente Pedro Abad começou a ser analisado no Fluminense. Desde o dia 17 de agosto, data em que foi protocolado pela oposição, Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo, nomeou uma comissão para debatê-lo. O mandatário tricolor, aliás, foi notificado a apresentar a sua defesa.

A Comissão para Assuntos Disciplinares, formada por cinco conselheiros, é a responsável por avaliar a questão. Antes da comunicação a Abad, ocorrida na última terça-feira, realizou a primeira reunião. O prazo para o dirigente se posicionar ainda não venceu.

 
 
 

Depois da manifestação do presidente, que pode ser escrita ou oral, a comissão elaborará um relatório a favor ou contra o impeachment. Então, uma sessão do Conselho Deliberativo – ainda sem data – votará o parecer. E é aí que o embate político, algo marcante no clube nos últimos anos, terá mais um capítulo.

O rito do processo tem respeitado o estatuto do clube, que estabelece ainda que o encontro para apreciar o relatório só poderá ocorrer com a presença mínima de 150 conselheiros. A oposição (grupos Unido e Forte, Flu 2050, Pro Flu, Flu + e Tricolor de Coração entre outros) não descarta recorrer à Justiça para questionar este número, a metade do máximo de 300 permitidos. Ocorre que, no entender de alguns oposicionistas, ele deveria ser menor, afinal, atualmente, após a posse de conselheiros natos, o Conselho tem 218 integrantes.

A situação, representada pela Flusócio e Esportes Olímpicos, não descarta questionar o processo de nomeação da comissão por suposta falta de transparência. Além disso, como tem maioria, dificilmente permitiria o quórum para a realização da votação.

Para ser aprovado no Conselho, impeachment precisa de 2/3 dos votos dos presentes. Número que situação e oposição concordam ser difícil de alcançar.