(Foto: Nelson Perez - FFC)

À beira de um colapso. Homem de confiança do presidente do Fluminense, Pedro Abad, o diretor esportivo das categorias de base do clube, Marcelo Teixeira, está longe de ser uma unanimidade no Conselho Diretor e entre os apoiadores da gestão. Sua participação no futebol profissional vem sendo questionada internamente nos últimos meses. O caso Diego Souza, onde o Sport garante que o dirigente, em nome do Tricolor, enviou uma carta abrindo mão dos 50% sobre o atleta, desde que fosse paga a quantia de R$ 1 milhão, criou um grande mal-estar nos corredores da sede verde, branca e grená. O Fluminense nunca desmentiu oficialmente o que os nordestinos argumentaram, mas declarou, em nota, que iria lutar pelos direitos.

Para tentar evitar uma crise maior nos bastidores, Abad teria prometido aos integrantes do Conselho Diretor e apoiadores que afastaria Marcelo Teixeira em definitivo do futebol profissional. A promessa, porém, fora quebrada dias depois. Em entrevista exclusiva ao NETFLU, o presidente do Atibaia, Alexandre Barbosa, revelou, na semana passada, que o dirigente foi o responsável pelas tratativas do negócio envolvendo o volante Richard, contratado por quatro temporadas. A notícia vinculada pelo site pegou algumas pessoas de surpresa, gerando mais insatisfação na sede história do Tricolor.

 
 
 

O fato de Teixeira ter participado novamente de uma negociação do futebol foi o estopim para a quebra de confiança, que deixou o Conselho Diretor dividido e o mandatário do Flu com menos aliados, exceto Rogério Felix, vice de TI. Apesar do sobrenome, não há parentesco deste, que foi um dos principais articuladores da campanha política de Abad, com Danilo Felix, ex-diretor de TI, que entregou o cargo no último fim de semana, durante o Carnaval.

A reportagem do NETFLU procurou a assessoria do presidente Abad e questionou se realmente houve uma promessa não cumprida de afastamento de Teixeira do futebol profissional. Foi respondido que ele não tem mais rotina no departamento, salvo em casos pontuais. Como o dirigente havia iniciado a negociação de empréstimo de Richard, quando Robinho foi contratado na temporada passada, foi entendido como “processo natural” que o desfecho tivesse a condução de Marcelo Teixeira.

A partir de agora, em tese, ele ficará somente nas categorias de base. Alguns aliados contrariados da gestão, no entanto, seguem céticos quanto a isto.