Foto: Mailson Santana - FFC)

O Fluminense precisa de dinheiro “pra ontem”. Asfixiado em todas as esferas, a cúpula do clube acumula atrasos com funcionários, atletas olímpicos, empresas terceirizadas e, principalmente, jogadores e comissão técnica. Em cima disto, o presidente Pedro Abad viajou para Europa no mês passado, especificamente Inglaterra, onde se encontrou com investidores, entre eles o empresário Kia Joorabichian. O objetivo é ousado: um aporte financeiro de 50 milhões de euros (mais de R$ 215 milhões).

Inspirado na ideia do ex-vice de finanças, Diogo Bueno, o mandatário tricolor deseja alongar os débitos do Fluminense, trazendo instrumentos do mercado financeiro para comprar a dívida do clube, algo similar ao que fez o Flamengo. Trocando em miúdos, o clube das Laranjeiras juntaria dívidas civil e trabalhista, oferecendo-as para que um fundo da Inglaterra as quitasse, com uma taxa de juros bem menor do que a praticada no país, aliviando consideravelmente o fluxo de caixa do Tricolor.

 
 
 

Pedro Antônio chegou a ser procurado por Abad para ajudar na investida, mas o ex-vice de projetos especiais, procurado pelo NETFLU, não quis falar sobre o caso. Ele deve viajar à Portugal, para tentar outras fontes de renda para o Fluminense, a pedido de Abad, mas nada é garantido até o momento. Procurada, a comunicação do Fluminense não negou as informações a respeito da aproximação com o fundo de investimentos inglês, mas não quis se manifestar sobre o caso.

No Brasil, vale lembrar, Kia chegou a ser denunciado por lavagem de dinheiro e e formação de quadrilha em 2007. Um ano depois, o Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar, suspendeu a ordem judicial sobre Kia Joorabchian, que ficou livre de qualquer acusação em terras brasileiras. Atualmente, ele empresaria diversos atletas, dentre eles o meia Phillipe Coutinho, o volante Paulinho e o armador Oscar, todos com passagem pelo futebol inglês e seleção brasileira.