Foto: Nelson Perez/FFC

O Fluminense tentou Gabriel, depois Wellington e, por fim, Matheus Sales. Não teve sucesso na contratação de um primeiro volante e Abel Braga teve de armar o time com o que possui a disposição. Orejuela e Douglas formaram a dupla de contenção, que necessita de muitos ajustes. O treinador admitiu que um deles acabaria “sacrificado”.

– Falava do Orejuela. É um desperdício absurdo botar o Douglas como primeiro volante. No país hoje, os dois melhores segundo volantes são Douglas e o Willian Arão, este mais pelo ano passado. É um jogador com técnica excepcional, com uma marcação muito boa. Tem chute bom de fora da área, tem chegada na área. Se eu colocar como primeiro, só vou usar uma boa qualidade dele, que é a marcação. Como segundo, eu uso passe, finalização, movimentação, chegada, chute de fora da área. Escalando de primeiro, perco muito a qualidade dele. A não ser um jogo que esteja perdendo… Para começar, não dá para usar o Douglas como primeiro é cortar 60% do que ele tem como qualidade nata – explicou Abelão, que viu defeitos na estreia da dupla na equipe titular:

 
 
 

– No primeiro tempo, tivemos uma série de erros pois sempre perdemos a primeira bola. E o que é pior, a segunda. O goleiro metia a bola onde queria. Às vezes, a gente ganhava, mas não cortava a bola. E, às vezes, não ganhava. Houve um pouco de problema apesar de que ele (Orejuela) tenha feito uma partida individualmente muito boa. Eu recebi os dados hoje. O que ele tocou na bola, em relação aos outros, foi um absurdo. Na parte tática, já não foi tão bem. O Douglas falava com ele, e ele não entendia. O Douglas, para vocês verem, apresentou a maior distância percorrida: 11,8 quilômetros. Para o primeiro jogo oficial, é um aborto. Os dois laterais, o Renato e o Leo, apresentaram a maior distância percorrida em alta intensidade: 19km/h, 651 metros. O Orejuela tocou mais na bola, o maior. Mas taticamente… idioma atrapalha um pouco.

A língua é um complicador, mas Abel Braga acredita que Orejuela irá se adaptar como primeiro volante:

– Creio que sim (idioma um dificultador). No 4-1-4-1, normalmente, esse primeiro 1 faz o balanço para o lado da bola. Só que teve situações que o Douglas estava do lado dele e o Orejuela fazia o movimento errado. Vai, acho que vai. (se adaptar) Eu nem fico preocupado demais com o problema do cara que tem de ser o pegador. Hoje, o volante tem de ser mais inteligente do que pegador. Tem de marcar, claro. Mas tem de ser inteligente. Ele (Orejuela) marca bem pois é muito rápido, ele diminui muito bem. Não fica esperando o adversário.