Oi pessoal!

 
 
 

Que peças o Fluminense tem?! Resposta imediata: figuraças! Que peças gerem o Fluminense! Meu Deus! Seria cômico… às vezes, é.

Primeiro, Abel, com razão, diz que o cenário não é de terra arrasada. Concordo. Mais adiante, volto ao Abelão.

Depois, o “visionário” Marcelo Teixeira joga na imprensa um suposto interesse do Flamengo. De gargalhar! Esse pessoal tem certeza de que o torcedor de futebol sofre de alto grau de burrice e ignorância.

Por último, a nota do grupo que administra o clube há sete anos e chama de “frustrantes” as eliminações para os “possantes” Avaí e Vasco, pedindo reforços, urgentemente, listando que perdemos metade do time de 2017, aquele time “ruim” que quase foi rebaixado.

E eu que passei o feriado da Páscoa sentindo os efeitos “frustrantes” da derrota vergonhosa para o Vasco, pela maneira que foi, que ainda corroía e doía na alma, achando que não teria assunto nem forças para o post da semana.

Mas, como milagre, as notícias do dia mexeu com o amor que tenho por essa instituição, que vem sendo humilhada pelas “peças”, as figuraças, que estão lá.

Vamos por partes, como Jack.

A nota da Flusócio é a prova documentada de que eles não entendem nada de futebol quando afirmam que perdemos para o Vasco porque faltaram “peças” de reposição para nosso idolatrado (sem ironia) técnico.

Abel tinha, no banco de reservas, dois jogadores ofensivos que cumpririam a função dos substituídos: Robinho e Pablo Dyego.

Foi Abel que escolheu inventar, mais uma vez, deixando o Fluminense com três zagueiros, três laterais, três volantes, por mais de vinte minutos, para segurar o resultado, dando ao Zé Ricardo o espaço de pôr em campo todos os seus Pablos e Robinhos.

Que peças Zé Ricardo tinha no banco do Vasco?

Que peças Jair Ventura tinha no Botafogo de 2016, candidato ao rebaixamento, que foi para a Libertadores, na qual, em 2017, disputou com dignidade?

Que peças Alberto Valentim teve para vencer “o grandioso, maravilhoso, cascudo, repleto de opções, elenco do Flamengo”?

O Botafogo foi cauteloso, não covarde. Não usou 3 zagueiros para liberar os laterais nem abdicou de seu quarteto de ataque: Luiz Fernando, Leo Valencia, Marcus Vinicius e Brenner.

Nem o Botafogo atua com 7, 8, 9 jogadores defensivos, postados todos atrás da linha da bola entre o nosso goleiro e a intermediária como Abel faz no Fluminense. É revoltante!

Precisamos de reforços? Sim. Talvez só as torcidas do Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro estejam satisfeitas e digam que não precisem de reforços.

Mas ser “reforço” depende do jogador contratado. Muitas vezes, se tem igual ou melhor dentro do próprio clube.

Ou Pedro e Ibañez não são melhores ou do mesmo nível que os cogitados Kayke e Gilberto (para a camisa 9) e um Renato Chaves e tantos outros “600 zagueiros” contratados nos dois últimos anos?

Falo, sim, do Abel. Sabe por quê? Porque se foi ele quem piorou o que já não é dos melhores, pela proposta de jogo e escalação absurdas; é ele o único que podemos contar para reverter os erros que nos levaram à derrotas vexatórias para Avaí e Vasco.

Que peças o Avaí tem? Nenhum dos clubes citados tem elenco que justifique o posicionamento covarde do Fluminense de Abel, que entrega o jogo ao adversário, abdicando de jogar. É aí que está a vergonha dessas derrotas.

Abel erra ao enxergar os seus jogadores como se precisasse de um microscópio e os jogadores dos times que enfrentamos, com lente de aumento.

Foi por isso que entregamos o jogo para o Avaí e Vasco.

Ah, se Abel, e só ele poderá reverter isso, assistisse sozinho, sem auxiliares nem panilhas: Flamengo 0x1 Botafogo; o Palmeiras comendo grama para eliminar nos pênaltis um Santos cheios de garotos sem nome nem cascudos!

Ah, se Abelão assistisse aos últimos três jogos de alguns times que disputarão a Série A como: América-MG, Atlético-PR (com dificuldades financeiras que acabou de perder para o rebaixado Coritiba, na 1° partida da final regional), Bahia, Ceará, Chapecoense, Paraná, Vitória… e revisse os jogos do Fluminense contra retrancas ou quando se encurrala na defesa feito bichinho assustado, veria que o seu time não precisa jogar com “um ônibus estacionado na grande área defensiva” como proposta de jogo e, não, por eventualidade.

Humilhar ainda mais o Fluminense, não! E só porque apequena seus jogadores e enxerga os jogadores do time adversário com lente de aumento.

Ou Abel revê isso – e repito: só ele poderá fazê-lo, só se conta com ele nesse sentido – ou o que temos visto dessa escalação e proposta de jogo se tornará o prenúncio da terra arrasada quando, hoje, estamos “só” com a vaca no brejo.

Abel não tira leite de pedra. Ele vem tirando leite da vaquinha que está no brejo, deixando a bichinha desnutrida de tanto correr atrás do adversário sem a bola e com a bola sair em disparate e definir o ataque num estalo.

Coisa de time que diz ao adversário “você é melhor do que eu”, mesmo quando sabemos que a diferença entre o melhor e o restante é pequena no futebol brasileiro e se pode ser competitivo, sem ser covarde.

Perder é do esporte. Ser eliminado ou rebaixado por medo, covardia, não. E nunca, jamais, quando se veste essa camisa, cuja história e tradição retumbante de glórias passam pelos “timinhos” que venceram “super timaços” no papel.

Abel desrespeita a instituição Fluminense Football Club quando escolhe nos rebaixar com sua excessiva retranca.

Renasça, Abelão! Escale um time equilibrado. Reveja tudo sozinho. Como todo comandante, solitário.

Quer três zagueiros? Tire o Renato Chaves, preencha o meio ou abra dois velocistas, o Pablo e Marcos Jr., escalando o Ibañez na posição do Richard.

Você manterá uma trinca de zagueiros e ainda melhorará a saída de bola, livrando o Sornoza de um marcador e abrindo mais o corredor para Jadson.

Você não perderá no jogo aéreo se Reginaldo formar a zaga. Renato Chaves tem marcado mais o Gum que o cara do outro time. Não pode! Não é possível que ninguém da sua comissão de apoio não esteja vendo isso!

Números não mostram as falhas. Números, no futebol, são limitados porque não mostram o que o jogador deixou de fazer na sua função. Os números omitem e protegem erros. É preciso o olhar do boleiro.

Um Fluminense, mesmo em dificuldades, não é menor nem pior do que 95% dos times que ele enfrenta.

Renasça, Abel. Pelo amor de Deus! Não aguento mais! Busque em você, em silêncio e só, o olhar da sua experiência, vivência, que sempre será mais decisivo pelas melhores escolhas do que as panilhas numéricas auxiliam.

Perder e ser eliminado, até rebaixado, faz parte do futebol; perder, ser eliminado e rebaixado por ser covarde, sem agredir o adversário, dando o jogo para o oponente, é humilhar e desrespeitar essa camisa e seus jogadores que você tanto elogia…

Assista, sozinho, sem microscópio, lupas e planilhas, a alguns jogos, incluindo nossas derrotas para o Avaí e o Vasco.

Tenho certeza e repito que você verá que o seu time não fica a dever tanto assim ao adversário a ponto de abrir mão de mais um jogador no meio ou ataque para escalar Renato Chaves e Gum juntos.

Orando pelo discernimento e a nobreza que é necessária para quando precisamos rever nossas escolhas e mudá-las. Nobreza, que ainda acho, que Abelão possui.

Que assim seja.

Faltou falar do Marcelo Teixeira? Que nada…

Fraternalmente,

ST.