Sampaio diz que Mário havia sinalizado que não levaria a questão à esfera judicial (Foto: Úrsula Nery - Ferj)

O conselho arbitral para tratar o reinício do Campeonato Carioca começou na segunda-feira e varou a madrugada desta terça. E pior: Terminou com impasse entre os envolvidos, com Fluminense e Botafogo contra o recomeço por causa da pandemia do novo coronavírus e todas as outras partes a favor, inclusive com a possibilidade de judicialização da disputa. Situação essa que surpreendeu Alfredo Sampaio, técnico da Cabofriense e presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Rio de Janeiro (Saferj).

Em entrevista ao NETFLU, Sampaio destacou que a conversa estava transcorrendo bem até o momento em que ele deixou a conversa de videochamada.


 
 
 

– A reunião, até onde que participei, foi muito calma e tranquila. O Fluminense fez todas as ponderações, o Botafogo também. O desfecho pra mim é estranho, porque o presidente do Fluminense falou que não faria isso (entrar na Justiça). Faltou um pouquinho de bom senso e flexibilização de todos os lados envolvidos. Tinham que ter resolvido o problema, não estendido mais ele. Não faz sentido, por causa de cinco ou seis dias, ter todo esse problema. É uma pena. Tem uma reunião dia 20, pode ser que as coisas mudem – projeta.

Representante dos atletas, Alfredo admite que o mais lógico seria esperar julho para a retomada da competição

– Nada faz sentido. Nós temos o mês de julho aberto e não faz sentido essa correria toda para se jogar a competição estadual – opinou.

Judicialmente, no entanto, o Sindicato não tomará medidas. Sampaio ainda não vê uma situação ideal para a competição ser retomada, mas há liberação da Prefeitura.

– A nossa posição sempre foi que o campeonato voltasse só quando as autoridades dessem o sinal verde, garantindo que poderia voltar. Apesar de eu particularmente entender que esse momento não nos traz segurança, houve a autorização do governo. Por mais que a gente queira impedir de alguma forma judicial, vai ficar inviável. Isso tudo parte do governo que disse que poderia voltar. Eu, particularmente, acho que o governo está autorizando num momento em que não há segurança – falou.