O alto número de gratuidades em jogos no Rio de Janeiro já começa a preocupar os clubes. Nas partidas no estado, menores de 12 anos, maiores de 65 e portadores de necessidades especiais (e seu acompanhante) não pagam ingressos.

Para se ter uma ideia, em 16 rodadas do Campeonato Brasileiro, foram 80.542 pessoas aos estádios sem desembolsar nada. Tal soma, supera o público de seis participantes da competição. São eles o Botafogo (com 80.493), Atlético-MG (80.493),  Atlético-PR (58.850), Ponte Preta (43.234), Internacional (42.366) e Portuguesa (21.757).

 
 
 

O gerente de arenas do Fluminense, Carlos Eduardo Moura, critica a situação.

– Acreditamos que a lei das gratuidades deveria estabelecer mais critérios para os organizadores se planejarem. Além disse, deveriam existir incentivos para os clubes serem parceiros, não concorrentes, como ocorre hoje. Custeamos esses acessos, mas não levamos nenhuma contrapartida direta – afirmou.

Sérgio Landau, diretor executivo do Botafogo, também demonstra insatisfação com tal lei.

– A gratuidade, além de não pagar, cria tumulto. Vou ao supermercado e não vejo ninguém com mais de 60 anos saindo com frango de graça. E no transporte, a gratuidade é paga pelo governo. Só no futebol que ninguém paga aos clubes – disse.

Confira quantas pessoas entraram de graça em jogos no Maracanã no Campeonato Brasileiro: