Foto: Jamira Furlani/Assessoria Avaí

O NETFLU publicou uma entrevista na noite da última segunda-feira com Ediminho Pinheiro, vice-presidente do Goiás, que fez uma revelação. Segundo o dirigente, o empresário de David Duarte, Eduardo Uram, foi o representante legal do Fluminense nas tratativas para a transferência do zagueiro para o Tricolor. O agente, em contato com o site número um da torcida tricolor, deu suas explicações, se colocando como um intermediário do negócio.

– O procedimento é esse. Os clubes, como em tudo na vida, não só no futebol, não se falam direto. Nunca. Se você for vender ou comprar um apartamento ou casa, hoje, você só vai conhecer o comprador ou vendedor no momento da escritura. Por isso existe a função do intermediário. Nesse caso específico do David Duarte, este intermediário tem que estar credenciado por alguém. Uma transferência no futebol tem três pontas, um clube o outro clube e o jogador. Eu estava credenciado por duas partes: pelo jogador e pelo Goiás, porque eu tenho o contrato exclusivo de venda do David Duarte há mais ou menos três anos. Esse contrato tem validade enquanto o David tiver relação com o Goiás. O Fluminense não me mandatou pra nada. Apenas o Fluminense precisa de zagueiro, um ou dois, e eu tenho o meu cliente, que é o David Duarte. Ele é muito bom jogador. Não tem ninguém que não goste dele. O clube disse que tinha interesse e eu usei a minha representação do David Duarte e a minha exclusividade de venda – falou Uram, que completou:


 
 
 

– Levar a proposta para o jogador que eu represente para o clube é minha responsabilidade. Eu estou te ligando para te esclarecer. Eu me senti injustamente atingido. Você tem profissionalmente o direito de escrever o que quiser, mas o meu objetivo é dar luz à essa situação. Se os clubes se falarem, nos meus anos de experiência, a coisa não vai acontecer. Se não tiver um intermediário que tenha a capacidade de buscar um ponto de equilíbrio… Quem me mandatou foi o David Duarte, principalmente, que me entregou a gestão de sua carreira. Eu tenho um mandato com validade jurídica, onde o Goiás me concede, com exclusividade, o direito de intermediação de uma negociação com o David Duarte. O Fluminense, neste caso, é apenas mais um clube interessado. E não é o único. Os outros clubes, assim como o Fluminense, não falaram com o Goiás. Eu sei o preço que o Goiás quer, o salário que o jogador quer, por isso não tem a necessidade de falarem com o clube.

Mas ainda fica a pergunta: Eduardo Uram teve autorização oficial do presidente do Fluminense, assinada pelo Fluminense, com papel timbrado, para negociar em nome do Tricolor? Ele respondeu:

– Eu apresentei para ele uma proposta oficial do Fluminense ao Goiás. Eu apenas entreguei para ele uma carta com papel timbrado do Fluminense, assinada pelo presidente do Fluminense, endereçada ao presidente do Goiás. Eu apenas fui o portador dessa carta, da mesma maneira que eu e outros empresários fazemos.