Falta pouco menos de 11 meses para o término do contrato entre Fluminense e Under Armour. Desde o início do ano, porém, a cúpula do clube das Laranjeiras, antes na gestão Abad, agora na gestão Mário, vem trabalhando para fechar com uma nova empresa. Nike e Adidas chegaram a ouvir o Tricolor, mas o diálogo não foi adiante. Como o NETFLU antecipou no dia 21 de janeiro de 2019, a Umbro demonstrava interesse e aguardava o desfecho com as gigantes. Agora, a fornecedora aparece como grande favorita, já em conversas avançadas, para vestir o Time de Guerreiros no próximo ano.

Além disso, Topper e Kappa correm por fora, segundo apuração do site número um da torcida. A Adidas e a Nike foram procuradas e alegaram motivos diferentes para não fechar com o clube tantas vezes campeão. Enquanto que a Adidas destacou a cláusula de exclusividade com o Flamengo, para não vestir outro clube do Rio, a Nike informou que somente avaliaria o assunto para o próximo ano. O vínculo da Under com o Flu se encerra em em 21 de julho de 2020 e a empresa não tem mais interesse em investir no futebol.

 
 
 

O contrato com a Umbro prevê somente comissões a partir das vendas dos produtos, sem compensação financeira fixa, além da entrega de materiais esportivos para todas as modalidades e categorias do Fluminense. O mesmo vem sendo praticado com a Under Armour, mas sem o sucesso esperado, pela dificuldade na distribuição e venda dos produtos, algo que já ocorrera com a antecessora Dryworld.

NETFLU divulgou com exclusividade que o Flu receberia 20% de comissão em cima do que fosse vendido pela atual fornecedora. Nenhum detalhe financeiro desse havia sido divulgado, até então, incluindo a principal dúvida: se o Tricolor receberia algum valor fixo também. E não recebeu, como vem sendo feito atualmente pela maioria das empresas esportivas, baseados nesse novo modelo de negociação.

Cerca de 10 meses após a validação do acordo, o site número um da torcida teve acesso ao contrato entre o clube e a empresa norte-americana. Através do documento, descobriu-se que não há uma cota fixa para o Fluminense, além dos 20% já noticiado. E mais: dentre as obrigações da Under, o pagamento de royalties só ocorre de três em três meses se o Fluminense exceder o montante de R$ 5,5 milhões anuais na venda de produtos licenciados.

Quando chegou ao Brasil, os planos da Under Armour eram de crescimento voluptuoso no país, mas os resultados não foram o esperado. No fim do ano passado, a operação da empresa passou a fazer parte da Vulcabras Azaleia, em um acordo de dez anos para a licença e a gestão da marca no mercado nacional.

É importante frisar que a Nike acabou ficando com uma má impressão do clube por conta do ex-presidente Peter Siemsen. Ele utilizou a empresa para conseguir renovar e ter aumento num contrato com a Adidas. Portanto, qualquer tratativa ligada ao nome do ex-mandatário dificulta tratativas com a Nike, por conta do leilão feito na época. Ocorreu o seguinte: Há quatro anos, Peter se irritou quando a Adidas fechou com o Fla e procurou a Nike. A resposta foi objetiva, salientando que só negociaria se tivesse a garantia que a concorrente não patrocinasse mais o Flu.

O então presidente, Peter Siemsen, concordou e a Nike apresentou uma oferta. O mandatário levou a proposta para a Adidas, que cobriu. Em seguida, Peter avisou aos dirigentes americanos, que, furiosos, abandonaram as conversas. Dali em diante, Fluminense e Nike nunca mais tiveram uma boa comunicação.