As contas do ano de 2016, o último de Peter Siemsen como presidente do Fluminense, serão votadas na noite desta quinta-feira, nas Laranjeiras. A Flusócio, que apoiou toda a gestão do ex-presidente e é base da atual, já se posicionou favoravelmente à aprovação. Outros grupos se declararam contra. Abaixo, o parecer dos principais grupos políticos do clube. Confira:

FLUSÓCIO

 
 
 

A Flusócio se reuniu em 17/05/2017, a fim de deliberar sobre o posicionamento dos conselheiros do grupo em relação às contas de 2016. As demonstrações financeiras são públicas e foram disponibilizadas no dia 28/4/2017 no site oficial do Fluminense. Elas apontaram um superávit de pouco mais de R$ 8 milhões no exercício.

Os presentes decidiram que o grupo votará pela aprovação das contas. Essa aprovação significa basicamente que há confiança na fidedignidade dos números e informações e que não foram identificadas irregularidades na condução do clube ao longo de 2016 como, por exemplo, gastos não autorizados pelo Conselho Deliberativo. Além disso, levam em conta os ativos deixados pela gestão anterior no patrimônio, tais como o Centro de Treinamentos, o Flu Samorim e as melhorias estruturais em Xerém, além dos muitos jovens talentos que hoje integram o elenco principal, a maioria com potencial de revenda.

Os debates, no entanto, foram muito mais amplos e abordaram importantes reflexões sobre o resultado financeiro do clube. Como resumido, de forma bastante clara e objetiva, na “Carta da Administração” que precede as demonstrações propriamente ditas, os superávits obtidos em 2015 e 2016 foram devidos a eventos extraordinários. Basicamente, ao efeito da adesão ao Profut, em 2015. E às luvas da Globo no em 2016. Sem esses eventos, o clube acumularia um déficit superior a R$ 90 milhões nesses 2 anos.

É claro que questões conjunturais como a crise econômica, que dificulta a obtenção de receitas com patrocínios, e a indisponibilidade do Maracanã, com o qual temos contrato longo, contribuíram para esse resultado. Porém, o principal fator foi o custo do departamento de futebol. A filosofia que norteou o planejamento e a condução das temporadas de 2015 e 2016 não foi compatível com a realidade de receitas ordinárias que se apresentou após a súbita saída do antigo parceiro. Para piorar, o custo subiu ainda mais em 2016 em função principalmente de reajustes automáticos nos contratos de jogadores firmados em 2014 e 2015, a percentuais devidos aos intermediários na cessão de jogadores, às mudanças de comissões técnicas e também às novas contratações.

Mais importante que criticar o passado é olhar para frente. E, nesse sentido, a Flusócio se vê plenamente representada na filosofia que vem norteando o futebol nesta temporada de 2017. Se a atual gestão se mantiver firme nessa filosofia, independente das naturais oscilações dos resultados de campo, temos a convicção que, juntamente com outras medidas, o cenário para 2018 será bem mais tranquilo que o apresentado para 2017.

MR 21

No dia 08 de junho de 2017, próxima quinta-feira, os membros do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club estarão reunido com o específico e exclusivo objetivo de analisar, debater e deliberar sobre as contas referentes ao ano de 2016, último da gestão Peter Siemsen. Trata-se de questão extremamente relevante para o clube, e que coloca em voga a atual realidade financeira da entidade, um indiscutível produto da desastrosa administração dos escassos recursos que o clube dispõe.

É certo que devemos olhar para frente. Mas não podemos esquecer o passado, pois dele se deriva o presente e para que jamais repitamos, no futuro, os erros apurados. É, portanto, o momento do Conselho Deliberativo do Fluminense cumprir o seu papel e apresentar qual o modelo de gestão deseja para o clube. É necessário que cada Conselheiro do clube tenha a real dimensão do papel que deverá ser cumprido naquele momento, absolutamente independente de grupos políticos, posicionamento nas últimas eleições ou afins, e esteja focado de forma absoluta nos interesses do Fluminense Football Club.

E, nesse sentido, é preciso destacar que a demonstração financeira detalhada, encaminhada aos sócios em conjunto com o parecer emitido pelo Conselho Fiscal, apenas corrobora o cenário de caos já apresentado, anteriormente, em diversas oportunidades, pelo presidente Abad, pelo Vice-Presidente Diogo Bueno, e por todos aqueles que estão diretamente relacionados a atual gestão.

Investimentos indiscutivelmente equivocados, contratos absurdamente mal feitos, aumentos inexplicáveis em algumas despesas, adiantamento de recursos e decisões administrativas equivocadas saltam aos olhos até do mais leigo dos analistas e não deixam margem para dúvidas sobre a absoluta influência negativa do resultado financeiro do último ano na situação caótica herdada pela atual diretoria.

A análise do Orçamento aprovado, em conjunto com as demonstrações financeiras, sugere uma situação econômica ainda mais preocupante. Tanto assim que, ao avaliar as contas, o Conselho Fiscal não se eximiu de destacar que “a administração foi inconsequente e imprudente ao utilizar recursos de receitas não recorrentes para o aumento de despesas e custos de longo prazo.”

No mesmo parecer, o conselho manifestou que “não houve compromisso com o planejamento dos anos subsequentes, gastando-se muito mais do que se podia, sem cuidado, criando e deixando que fossem criadas pelo Departamento de Futebol, a partir de receitas extraordinárias obtidas, entre outras, da venda das transmissões televisivas e de jogadores, despesas fixas, em contratos de longa duração, assinados de afogadilho, deixando passivo de grande monta, sem apontar fonte se custeio.”

Se a situação já não fosse suficientemente caótica, o parecer do Conselho Fiscal aponta, ainda, que “foram também deixadas para pagamento posterior dívidas de comissionamento, sabendo-se que os recursos já estariam comprometidos.” Concluindo-se, ao final, que “por decisão da administração passada, o Fluminense começou o ano de 2017 sem caixa para cumprir suas obrigações.”

O que nos causa profunda estranheza, entretanto, é que não obstante a tais ressalvas destacadas, e sem a devida atenção ao determinado no Artigo 36, VI, do Estatuto do Clube, que fala expressamente sobre a necessidade de o parecer emitido versar sobre a situação ECONÔMICA, FINANCEIRA e ADMINISTRATIVA, o Conselho Fiscal votou, de forma unânime, pela aprovação das Contas da última gestão, sob a justificativa de utilização de critério eminentemente técnico contábil.

Trata-se, com o devido respeito ao referido conselho, de parecer absolutamente teratológico, incongruente, paradoxal e incoerente, que ignora de forma expressa as normas estatutárias do clube, ao limitar o seu viés de análise a questão meramente contábil, e que não obstante à expressa manifestação de inconsequência e imprudência na forma de utilização dos recursos, inexplicavelmente manifestou-se pela aprovação dos dados apresentados.

Ora, se fossemos limitar a análise ao aspecto meramente técnico, existiriam inúmeras questões a serem esclarecidas. A começar pelos tão falados e repetidos gatilhos apurados em contratos progressivos de atletas realizados por aditamentos que sequer foram passados ao Conselho Fiscal. Ou, ainda, sobre gastos elevados com atletas de segunda, terceira ou categoria ainda mais baixa, que sequer chegaram a atuar 2 partidas pelo clube.

Como explicar, pois, contabilização de 80 milhões de reais recebidos à títulos de luvas pela assinatura de um contrato que somente terá vigência à partir de 2019. Ainda mais quando o próprio clube demonstra, na Nota Explicativa nº 13, uma forma absolutamente diferente de contabilizar esses recursos, divididos sobre o período de sua vigência. E, ainda, se houve um superávit fictício de 8 milhões, qual a razão específica para que não tivessem sido honrados os débitos vencidos com agentes de jogadores, por repasse direto dos recursos recebíveis, (mais uma) obrigação deixada para a atual gestão?

É preciso que o Conselho Deliberativo do Fluminense tenha a coragem que faltou ao Conselho Fiscal, e demonstre sua independência e seu compromisso com o clube, negando, de forma absoluta e veemente qualquer iniciativa que não atenda de forma adequada aos interesses da Entidade. E, definitivamente, a aprovação das contas apresentadas não pode interessar a qualquer pessoa, senão aos irresponsáveis que lhe deram causa.

Lembremos, pois, que por muito menos, esse mesmo conselho deliberativo rejeitou, no ano de 2011, as contas do ex-presidente Roberto Horcades. E sim, acreditem, a situação do clube deixada por Peter não é melhor do que aquela que ele encontrou. É preciso que exista um grau de coerência, sob pena de deixar suficientemente claro que as decisões são tomadas por interesses exclusivamente e absolutamente políticos, colocando-se de lado a tecnicidade e os interesses do clube.

E que fique suficientemente claro, a reprovação das contas do último ano da gestão do presidente Peter Siemsen em nada possui relação com o apoio delegado ao Presidente Pedro Abad que, frise-se, vem realizando uma gestão de absoluta excelência, considerando o cenário de terra arrasada deixado pela gestão anterior. Ao contrário, é preciso que, de uma vez por todas, a imagem da gestão anterior seja removida da atual e que se entenda que a atual gestão está absolutamente comprometida em adotar práticas absolutamente contrárias as que foram adotadas pela última gestão.

A aprovação dessas contas, sim, seria absolutamente prejudicial a atual gestão, por despejar sobre ela responsabilidades que, nos exatos termos apresentados pelo próprio parecer do Conselho Fiscal, não lhe são cabíveis. Que fique claro, se houve falta de repasse de informações e coisas ocultas pelo Peter, então o maior apoio ao Abad é justamente a sua reprovação e dar-lhe o direito de falar da herança maldita que recebeu.

E que se afaste de forma definitiva o equivocado argumento de que a reprovação das contas poderia resultar em qualquer tipo de prejuízo ao Fluminense Football Club. Isso é uma afirmação sem qualquer fundamento cujo objetivo é estabelecer uma justificativa, ainda que não cabível, para apoio ao absurdo. Recentemente, Internacional, Santos e Botafogo rejeitaram contas de seus presidentes. Todos possuem patrocinadores, todos estão vinculados ao Profut e seguem seu funcionamento dentro de sua normalidade.

Aliás, se analisarmos as contas sob o ponto de vista do PROFUT, chegaremos à conclusão que, ao contrário, é dever do Conselho Deliberativo do Fluminense rejeitar essas contas, uma vez que diversos pontos apurados podem ser entendidos, até mesmo, como atos de “Gestão temerária”, à luz do Artigo 25 da lei 13.155/15, o PROFUT.

O MR21 – Movimento de Renovação 21 de Julho reitera o seu compromisso em auxiliar e apoiar a gestão Pedro Abad. Entretanto, não nos furtaremos de defender os interesses do Fluminense sob nenhuma circunstância. E, definitivamente, a aprovação dessas contas não atende, sob qualquer hipótese, aos interesses do Fluminense Football Club.

Por todo o exposto, o MR21 – MOVIMENTO DE RENOVAÇÃO 21 DE JULHO, em manifestação oficial, posiciona-se pela rejeição das contas referentes ao exercício do ano de 2016, posicionamento que será seguido, de forma unânime, por todos os membros do grupo que compõem o Conselho Deliberativo.

 

ESPERANÇA TRICOLOR

Saudações Tricolores,

Amanhã, dia 08/06/2017, será um dia histórico para o Fluminense Football Club, será o dia que os conselheiros do clube analisarão as contas de 2016.Mais do que analisar, aprovarão ou não essas contas.O parecer do Conselho Fiscal nos mostra o tamanho do problema encontrado, destacamos os números negativos abaixo:

– O aumento de receitas se deveu quase que exclusivamente ao aumento de receitas televisivas;

– Aumento com despesas de pessoal saltou de R$ 57 milhões para R$ 81 milhões;

– Serviços profissionais tiveram um aumento de R$ 20 milhões;

– Gastos gerais tiveram um salto de quase R$ 12 milhões;

Se ignorássemos esses números e nos concentrássemos nas adjetivações do Conselho Fiscal, teríamos o seguinte:

“Entretanto, não obstante ao resultado superavitário, cabe realçar a delicada situação administrativa, econômica e financeira deixada pela gestão anterior. O próprio relatório da auditoria (parte integrante das contas), apontou preocupação acerca da continuidade das operações do Fluminense Football Club.Embora acreditemos ser demasiada tal preocupação, entendemos que a administração foi INCONSEQUENTE e IMPRUDENTE (grifos nossos) ao utilizar recursos de receitas não recorrentes para o aumento de despesas e custos de longo prazo…”

Um gestão inconsequente e imprudente é tudo que não queremos no Fluminense, e é, até o momento, o contrário da atual gestão. O Presidente Abad, juntamente com o Vice-Presidente Geral, Cacá Cardoso, e o Vice Presidente Financeiro, Diogo Bueno, vêm trabalhando para reverter as consequências ou inconsequências da gestão anterior. Há pouco tempo tivemos um relatório de grandes conquistas na área financeira, mas o desafio continua imenso.

São as inconsequências e imprudências que não permitem investimentos necessários no clube social, não permitem a manutenção e expansão do nosso patrimônio, não deixam as mínimas condições para investimentos pesados nos esportes olímpicos, onde temos uma história fabulosa de conquistas e que hoje não nos permite aumentar essas histórias, e principalmente tolhe qualquer capacidade de melhorias na razão da existência do Fluminense, o futebol.

O futebol do Fluminense é o ponto mais sensível a essa desastrosa gestão de 2016, o que se vê hoje é um time aguerrido, com bons valores da base, mas limitado pelo tamanho do elenco e pelas opções. Tivéssemos capacidade de encorpar esse elenco com dois ou três bons valores, brigaríamos bem na parte de cima, com possibilidade de título. Hoje só podemos sonhar com título e torcer muito para que esse time vá bem.
São essas contas que vamos votar amanhã. Não são as contas de 2012, 2013, 2014 e 2015…

Votaremos as contas de 2016, que se refletem em 2017 de maneira assombrosa.
“infelizmente, constata-se que não houve compromisso com o planejamento dos anos subsequentes, GASTANDO-SE MUITO MAIS (grifos nossos) do que se podia”, mais um trecho do parecer do Conselho Fiscal.

O Esperança Tricolor é contra a aprovação das contas do ano de 2016.
Não aprovar essas contas é mostrar respeito ao Fluminense e aos seus sócios e parceiros, é mostrar aos futuros parceiros que aqui se trata a coisa do clube com cuidado e assertividade, é dar aos torcedores do clube a certeza que dias como os que estamos vivendo hoje não se repetirão.

 

FLUMINENSE UNIDO & FORTE

Prezados,

O Fluminense, como secular instituição, sempre que caminhou unido e forte conseguiu conquistas históricas, verdadeiramente fantásticas, que, como não poderia deixar de ser, nos engrandeceram sobremaneira.

Somos uma instituição grande, razão pela qual não podemos nos permitir apequenar, não temos o direito de enxergar uma determinada situação e fingir que nada estamos a ver, sob pena de não apenas lançarmos à vala rasa todos os nossos valores históricos, bem como de sermos alcançados lá adiante pela rubra vergonha, quando a verdade dos fatos vier à tona para ser explorada.

Unido e forte é que o Fluminense precisa aprender a cortar a própria carne, em nome da nossa dignidade, em nome da preservação dos nossos valores. E assim afirmamos porque a aprovação das contas referentes à última gestão de Peter Siemsen deixará em nossa maior paixão, especificamente em nosso Conselho Deliberativo, marcas indeléveis, como as da irresponsabilidade, da falta de seriedade, da conveniência inescrupulosa e, principalmente, a da covardia.

Amanhã, dia 08/07/2017, o Conselho Deliberativo do Fluminense irá se reunir para deliberar a respeito da aprovação ou não das contas do ex Presidente Peter Siemsen, o que nos leva, pela última vez, a apelar à consciência de cada Conselheiro, instando de cada um dos nossos pares uma análise atenta dos fatos que nos levaram à catástrofe financeira na qual nos encontramos hoje.

Vivemos um momento crítico, sem recursos financeiros que nos possibilitem honrar pontualmente os nossos compromissos ordinários e sem grandes perspectivas de captação de dinheiro, a curto e médio prazo, porquanto o país vive uma grave crise econômica, o que impõe uma natural retração defensiva de investimentos.

O nosso futebol está impossibilitado de investir, o esporte olímpico carece de recursos, enfim, o Fluminense, como clube, caminha de forma trôpega, tendo que se valer de malabarismo financeiro para manter-se dignamente ereto.

Essa nossa situação não teve o seu nascedouro no dia 01/01/2017, quando, de fato, se iniciou a gestão do Presidente Pedro Abad, tampouco é fruto da incompetência ou do pouco esforço da atual diretoria. Muito longe disso.

Na mesma esteira, alegar que Pedro Abad, como Presidente do Conselho Fiscal, tinha amplo conhecimento de tudo não é algo para ser recepcionado como verdade inquestionável.

Em nome da verdade, a gestão passada, capitaneada por Peter Siemsen, nos deixou um legado desastroso, representado por um quadro financeiro caótico, a ponto de não permitir que a nova diretoria pudesse contar com um mísero centavo em caixa, tão logo se iniciou o exercício de 2017, fato esse destacado, inclusive, pelo Conselho Fiscal, quando da divulgação do seu confuso e paupérrimo relatório.

O Conselho Fiscal apontou para a existência de irregularidades graves e que, portanto, não podem ser ignoradas por nós tricolores, mormente pelo Conselho Deliberativo, posto que nelas, exatamente nessas irregularidades, é que reside a origem de todos os nossos atuais problemas.

Graças a isso, hoje, o Fluminense se encontra absolutamente engessado, sem capacidade de livremente se movimentar, sem poder contratar e sem conseguir arcar com todos os compromissos assumidos.

E nessa condição permanecerá por longo tempo, não tenham dúvida quanto a isso. 

É triste ter que escutar, em meio à transmissão do jogo de ontem (Fluminense x Atlético Paranaense), um repórter comentar, após ter conversado no Maracanã com Presidente Pedro Abad, que o nosso clube terá que se desfazer de pelo menos dois jogadores, com o propósito de tentar equilibrar suas finanças, o que se contradiz diretamente com as declarações dos nossos últimos gestores, vez que esses afirmam, sem o menor pudor, que Peter deixou um superávit como herança.

A total falta de consciência transformou o Fluminense em terra arrasada, porquanto a nossa realidade foi demonstrada, de forma cristalina, pela a nossa Vice-Presidência de Finanças, sem que qualquer questionamento tivesse sido levantado por qualquer grupo político.  

O que iremos explicar ao torcedor, que à distância acompanha o nosso time, quando os resultados positivos não acontecerem e quando os reforços necessários não puderem ser contratados? Como explicar que a última gestão não deixou dinheiro em caixa, nos levou quase à bancarrota e que mesmo assim as suas contas foram aprovadas?

A reprovação é uma decisão, antes de mais nada, absolutamente coerente.   

Não existe presente sem passado e é preciso que o Conselho, unido e forte, concentrado em sua responsabilidade institucional, se conscientize disso, estando claro como a luz do dia que o Fluminense foi vítima de uma gestão temerária, filha da inconsequência.

Aprovar as contas passadas será a validação da má gestão, será a legitimação de todas as inconsequentes decisões adotadas por sua administração. E abrirá, além disso, um grave precedente, na medida em que futuras gestões somente serão responsabilizadas por seus atos se não estiverem devidamente protegidas politicamente.  

O Fluminense, unido e forte, tem a chance de fazer história, reprovando as contas da gestão passada por ter ela se dado sob o manto da temeridade, da irresponsabilidade, a ponto de nos colocar numa delicadíssima situação financeira, não estando nós aqui a sugerir que tenha essa última agido de forma ilícita ou criminosa.   

O nosso compromisso, como grupo “Fluminense Unido e Forte”, é com a gestão Pedro Abad, não tendo até o presente momento, qualquer crítica a tecer contra essa, até porque sabemos perfeitamente quais são as dificuldades que estão sendo diariamente enfrentadas pelos os que estão tentando conduzir o Fluminense. Por essa esteira é que afirmamos que a reprovação das contas do ex Presidente Peter Siemsen não poderá ser interpretada como uma reprovação ao Presidente Pedro Abad, de jeito algum, pois, na qualidade de então Presidente do Conselho Fiscal, somente poderia analisar aquilo que lhe chegava formalmente às mãos e é sabido que várias informações cruciais foram omitidas do respectivo Conselho. 

Não permitamos que o malfeito se faça escudado pela conveniência política.

Não se esqueçam de que nós não estaremos amanhã aqui, mas os nossos filhos e netos deverão estar e é importante que o Fluminense esteja unido e forte para agasalhá-los e a eles proporcionar o prazer pelas grandes conquistas que certamente virão.   

Não há outro caminho a ser seguido exceto o que conduz à rejeição das contas referentes à última gestão de Peter Siemsen, não existindo a menor incerteza de que essa decisão se apresentará como a mais justa, a mais correta, a mais perfeita e, principalmente, a mais digna a ser tomada pelo unido e forte, Conselho Deliberativo, na defesa dos direitos e interesses do nosso Fluminense.

Saudações Tricolores!