Com a venda de Ibañez para o futebol italiano, o Fluminense confirmou sua sexta venda de atletas na atual janela de transferências. Antes do zagueiro, Ayrton Lucas, Sornoza, Richard, Léo Pelé e João Pedro (esse só irá para a Inglaterra em 2020), também já haviam sido negociados e movimentaram R$ 75,8 milhões. No entanto, o valor não foi depositado na conta tricolor.

Isso porque com os descontos de percentuais de parceiros, dívidas com empresários e pendências e outros clubes, a soma caiu para para o valor de R$ 37,9 milhões, segundo o portal Globoesporte. Houve também bloqueios de receitas e penhoras judiciais que totalizaram pelo menos R$ 33 milhões.


 
 
 

– Esse dinheiro é usado basicamente para pagar as nossas obrigações. Há um volume de penhoras que nos maltrata bastante, o que o torna o nosso grande desafio para a atual temporada – confirmou Eduardo Paez, diretor financeiro do Fluminense.

Os R$ 33 milhões dizem respeito as seguintes situações:

  • R$ 25 milhões são fruto do bloqueio de 15% de toda e qualquer receita do Fluminense. A ação foideterminado pela Justiça, à pedido da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) por conta de uma execução fiscal de 2013, época em que o ex-presidente Peter Siemsen não cumpriu decisão que penhorou o dinheiro da venda de Wellington Nem para o recolhimentos de impostos em atraso.
  • R$ 8 milhões são resultado de cerca de 20 penhoras motivadas por ações trabalhistas de ex-jogadores e ex-funcionários e cíveis de empresários e fornecedores.
Além dos bloqueios e penhoras, o clube convive com outras obrigações como renegociações de dívidas e, claro, os vencimentos de atletas e funcionários do clube (cuja folha é de, aproximadamente, R$ 4 milhões), que consomem mensalmente quantias importantes dos cofres:
  • Ato Trabalhista: R$ 1,2 milhão.
  • Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e Pert (Programa Especial de Regularização Tributária): R$ 700 mil.
  • CLT: dezembro, 13º e férias referentes a 2018 e janeiro referente a 2019.
  • Direitos de imagem: novembro e dezembro de 2018 e janeiro de 2019.