A demissão de Renato Gaúcho pode até mesmo causar o fim da parceria entre Fluminense e Unimed, que já dura desde 1999. Celso Barros, presidente da patrocinadora, não ficou satisfeito com a postura de Peter Siemsen, mandatário do clube, na condução da saída do técnico e já admite encerrar ao fim do ano a relação.

– O presidente Peter Siemsen me procurou, junto ao Ricardo Tenório (vice de futebol), e manifestou o interesse em demitir o Renato. Eu fui contra. Mas ele (Peter) que manda, caberia a ele. Neste momento, diante de um jogo importante com o Horizonte-CE, era desnecessário. Deveríamos dar chance para o time, para o técnico… Abordamos o assunto (demissão), mas ele (Peter) não manifestou a sua decisão final. Ficou decidido uma coisa, e ele foi embora. Depois, decidiu demitir o Renato. Foi um comportamento estranho, porque ele poderia ter me dito que tiraria o treinador. Criou um atrito desnecessário – disse, complementando, com uma ponta de ironia, sobre o interesse de seguir ou não no clube:

 
 
 

– (Interesse?) Meu, não. Eu avalio anualmente, como sempre foi feito. Posso dizer que os desgastes entre as partes são desnecessários e não valem a pena. No fim do ano, isso será levado em conta. Estes episódios desgastam muito. Quem perde é o torcedor, o Fluminense, a Unimed. Todos. Não há vencedor. Acho que foi uma atitude (demissão) de agradar ao grupo político dele. Mas tem todo o direito. Ano passado, em 20 jogos que o Peter fez acumulando cargos, deu no que deu…


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