Fortaleza e Bahia foram os dois melhores times nordestinos no Campeonato Brasileiro de 2019. Ambos se classificaram para a Copa Sul-Americana e terminaram à frente de Vasco, Atlético Mineiro, Fluminense, Botafogo e Cruzeiro, equipes do Sudeste que são historicamente mais tradicionais que as do Nordeste. A inversão da hierarquia tradicional do futebol nacional continua na nova temporada: enquanto os ditos maiores clubes precisam economizar e vender atletas para equilibrar as contas, os nordestinos convencem jogadores a contrariarem o êxodo mais comum com novas estruturas e patamares financeiros.

O meia Daniel, por exemplo, preferiu deixar o Flu e fechou com o Bahia, apesar de ter sido formado em Xerém. Outro exemplo foi a perda da concorrência por Rossi, também revelado na base do Tricolor das Laranjeiras, para o próprio Bahia.

 
 
 

A realidade é consequência do planejamento de Fortaleza, Bahia e Ceará (o outro nordestino que permaneceu na elite, embora tenha ficado em 16º lugar) que, mesmo com faturamentos menores, estão acabando com a fama intocável das consideradas grandes equipes do Brasil.