(Foto: Lucas Merçon - FFC

Gilmar Ferreira, colunista do Jornal Extra, fez uma análise acerca da redução de despesa no departamento de futebol do Fluminense, culminando com as saídas de Diego Cavalieri, Henrique e outros seis jogadores. Criticou o ex-presidente Peter Siemsen e elogiou o que considera responsabilidade da atual diretoria com as finanças do clube. Para o jornalista, está em curso “um projeto arrojado de recuperação institucional”. Confira na íntegra o texto:

A inclusão do zagueiro Henrique na lista de dispensas que o Fluminense anunciou ontem não tem a ver com critérios técnicos.

 
 
 

Em campo, suas atuações foram consideradas satisfatórias.

O problema é que com os R$ 480 mil reais de salários mensais registrados em carteira seu futebol custa ao clube cerca de R$ 10 milhões anuais.

É quase a metade do que a diretoria tricolor pensa em economizar por ano com a liberação dele e de outros sete jogadores.

HENRIQUE foi contratado ao Nápoli em janeiro de 2016, aos 29 anos, oito meses após ter feito sua última partida pelo clube italiano.

E segundo o site Transfermarket custou ao Fluminense €$ 2 milhões.

Valor pago com parte dos €$ 16 milhões da venda dos direitos econômicos do meia Gerson, de 19 anos, para a Roma.

Aliás, por conta desse negócio, o clube trouxe também Diego Souza, Felipe Amorim, Richarlyson, Henrique Dourado.

E hoje sofre pela falta de visão dos seus dirigentes.

COM EXCEÇÃO do atacante Richarlyson, vendido ao Wattford, todos os outros fracassaram, um tanto sob o ponto de vista técnico, outro pelo financeiro.

E é aí que surge a necessidade de se questionar o planejamento financeiro de Peter Siensem e seus vices no último ano da antiga gestão.

A grosso modo, parecer ser que o Fluminense se escorou no lastro de um grande acordo comercial feito com um patrocinador de médio porte.

Empresa que, como tantas outras, sucumbiu em meio à crise, impactando nas finanças do clube .

HOJE, a adequação a um orçamento mais modesto é um ato de responsabilidade dos dirigentes.

Ato que, a bem da verdade, tentou se fazer neste ano de 2017, sem muito sucesso.

Desta vez, pelas movimentações, parece haver um plano estratégico.

Um projeto arrojado de recuperação institucional, com as expectativas de retorno técnico escoradas em três forças:

Na experiência da dupla Paulo Autuori e Abel Braga, na versatilidade gerencial de Marcus Vinícius Freire e na tradição de se superar com as pratas da casa.

Vejamos…