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Colunista explica punição que Atlético pode sofrer por gritos homofóbicos da torcida

Rodrigo Mendes

Por intermédio de suas redes sociais, o Atlético-MG condenou gritos homofóbicos de parte da sua torcida na derrota de 2 a 0 para o Fluminense, no último sábado, no Mineirão. Quando o goleiro Fábio ia cobrar os tiros de meta, alguns torcedores nas arquibancadas faziam um coro com a palavra “bicha”, algo antes muito comum em jogos de futebol por parte de várias torcidas, mas hoje passível de punição. Quem informa o tipo de punição é Gabriel Coccetrone na coluna “Lei em Campo” no site Uol. Confira a explicação:

Atlético-MG pode ser punido pela Justiça Desportiva?

“Sim, o Atlético-MG pode ser punido. A Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pode denunciar o clube por infração ao disposto no artigo 243-G, § 2º, do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil à agremiação por ato discriminatório de sua torcida. Os torcedores porventura identificados ficarão proibidos de frequentar o estádio por, no mínimo, 720 dias. Como a CBF agora considera os atos discriminatórios como de elevada gravidade em seu RGC mais recente, tal fato também poderia atrair a aplicação do § 3º do mesmo artigo do CBJD, o qual permitiria a aplicação das penas de perda de pontos, perda do mando de campo e de exclusão de campeonato, em casos mais extremos”, avalia o advogado Carlos Henrique Ramos, especialista em direito desportivo.

Matheus Laupman, advogado desportivo, segue o mesmo entendimento. O especialista entende que o Galo pode ser enquadrado no artigo 243-G do CBJD. Ele ressalta que a Justiça Desportiva passou a analisar com atenção casos de discriminação nos últimos anos.

“O STJD tem se atentado a estes tipos de casos, e de forma recorrente a punição tem sido jogar suas partidas com portões fechados, como foi o que ocorreu com o Corinthians por exemplo”, afirma.

O árbitro Flávio Rodrigues de Souza não registrou os gritos homofóbicos na súmula da partida. Existe um protocolo que exige a citação de casos assim no documento.

A falta da citação, contudo, não impede a Justiça Desportiva de agir. A Procuradoria do STJD pode analisar os vídeos que circulam nas redes sociais para denunciar ou não o Atlético-MG.

Essa não foi a primeira vez em 2024 que a torcida do Galo entoou gritos homofóbicos. Em clássico disputado na Arena MRV pelo Campeonato Mineiro, o goleiro Rafael, do Cruzeiro, foi alvo dos mesmos cânticos. À época, o Atlético-MG foi condenado a pagar multa de R$ 40 mil.

Rodrigo Mendes, pai da Giovana, é um jornalista e tricolor de coração de 43 anos. Formado pela Facha, trabalhou no Lance, no site Justiça Desportiva e também como assessor de imprensa.

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