(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Em post no seu blog lincado ao Uol Esportes, o jornalista Rodrigo Coutinho destrinchou um pouco do goleiro Fábio, último reforço anunciado pelo Fluminense nesta temporada. Confira a opinião do especialista:

“O Fluminense foi o clube que mais agitou o mercado de transferências do futebol brasileiro nesta janela. Foram oito contratações. A grande maioria composta por atletas com idade mais avançada, e que já viveram momentos melhores na carreira. O novo arqueiro do clube das Laranjeiras, porém, é mais um que eleva o nível de importante posição da equipe.

 
 
 

A diretoria tricolor se aproveitou da atrapalhada saída de Fábio do Cruzeiro para agir rápido e garantir um nome que, mesmo aos 41 anos, se mostra mais preparado para os desafios da temporada em relação a Marcos Felipe. Não que o titular de 2021 tenha feito um ano ruim. Apresentou-se bem em diversos momentos, mas faltou a regularidade necessária para gerar mais segurança.

Fábio, por sua vez, logicamente, já teve mais velocidade de reação para brecar às finalizações rivais e velocidade ao sair da meta em situações de mano a mano para abafar os chutes. Tem até um percentual de defesas nos arremates que vão na direção do gol idêntico ao de Marcos Felipe, mas a experiência faz a diferença nos pequenos detalhes.

Isso aparece nitidamente na média de gols sofridos em 2021. Por mais que Marcos Felipe tenha tido um nível de exigência maior ao jogar a Libertadores e a Série A do Brasileirão, Fábio mostrou-se mais eficiente em momentos decisivos. Cometeu poucos erros em jogos desta natureza. Segue com ótimo posicionamento e poder de liderança, sem as precipitações comuns a seu parceiro de clube.

A experiência de várias edições de Libertadores e conquistas importantes na carreira é outro detalhe primordial para o atual contexto do Fluminense. Abel Braga gosta de trabalhar delegando responsabilidades a atletas com o perfil de Fábio, David Braz, Felipe Melo e Fred, por exemplo. Não é difícil imaginar que possam ser os amplificadores da forma de liderar do técnico da equipe.

Ainda em comparação com Marcos Felipe, que deve ser a sua ”sombra” na meta tricolor, Fábio vem mostrando melhor desempenho com a bola no pé. Essa característica passa bem longe de ser a especialidade de ambos, e não é algo tão presente no modelo de jogo de Abel Braga, mas o ex-goleiro cruzeirense tem números superiores. Acrescenta melhores reposições.

A elevação considerável da média de idade do elenco em relação a 2021 pode ser preocupante caso a comissão técnica do Fluminense não consiga ministrar devidamente os minutos a determinadas peças do plantel. Fazer com que os jovens talentosos do elenco continuem tendo espaço é fundamental para equilibrar a vitalidade do time.

Fábio, por ser goleiro, foge um pouco a essa regra. E o ano que pode ser derradeiro em sua carreira, talvez represente mais segurança aos torcedores tricolores e oportunidade de aprendizado e crescimento para Marcos Felipe”.