Ano de extrema importância política para o Fluminense. Após seis anos no poder, o presidente Peter Siemsen passará o bastão para outro mandatário. Em cima disto, o conselheiro eleito conhecido como “Carlos Tricolor” lançou uma carta aberta para todos os candidatos ao cargo máximo do clube das Laranjeiras.

Confira na íntegra:

 
 
 

“CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DO FLUMINENSE!!!!

Começo essa carta lembrando uma conversa que tive a uns quatro anos com o Eterno Presidente Horta.

Ele perguntou o porquê de nós tricolores não podemos conversar como tricolores que somos?

Respondi que o maior inimigo do Fluminense está dentro do próprio Fluminense. E que o FLUMINENSE deveria sempre estar acima das vaidades, dos interesses pessoais e políticos, pelo menos eu sempre pensei assim!!!!

Sou TRICOLOR a 59 anos, sócio do Clube a 46 anos e Conselheiro Eleito a 6 anos e afirmo que meu dever de lealdade sempre será para com o Fluminense, e que não tenho pretensão de agradar a todos ou conquistar simpatias visando um lado político, falo isto com total tranquilidade pois até junho/14 estive do outro lado, no grupo da situação, mas ao perceber que meus questionamentos internos não obtinham respostas e que minha decepção crescia em relação ao Presidente Peter e a Flusócio, resolvi sair e me tornar independente para aplaudir quando fizerem o melhor pelo Clube e criticar quando achar que prejudicam o Clube.

Muitos “políticos” do clube chegavam e falavam que política não se faz com o fígado, o que sempre respondi que não era político, mas que estava Conselheiro representando o torcedor tricolor. E que se política não se faz com o fígado, muito menos com o traseiro do Fluminense!!!

Sempre falei que estava no Clube representando aqueles que ficam nas arquibancadas sob chuva e sol, vibrando, gritando, sofrendo, chorando e rindo com o nosso Fluminense!!!!

E com o coração e alma tricolor, que penso num Fluminense de proposição, com atitude, sem medo, consciente, caminhante, líder!!!

Neste sentido aconteceu na sexta-feira da semana passada, o que muitos pensavam que nunca ocorreria, uma reunião de quase 3 horas frente a frente com Mario Bittencourt sem interferências de assessores ou terceiros.

Lembrando que enquanto o Mario Bittencourt esteve à frente da VP de Futebol, fui um dos maiores críticos, se não o maior crítico ao planejamento de nosso futebol.

O Mario Bittencourt não se furtou em responder todas as minhas perguntas e falou sobre sua visão de aprendizado nos erros cometidos e também na falta de defesa institucional e o que isso acarreta em relação a imagem do Clube junto a torcida, imprensa e patrocinadores.

Ao final da conversa falei que reconheço que ele possui vivência e experiência para transitar nesse meio tão sui generis que é um clube de futebol.

No mesmo dia ao final da tarde tive uma reunião frente a frente com o candidato Pedro Trengrouse e confesso que me surpreendi com o seu conhecimento e preparo na área de gestão esportiva, somado a dezenas de ótimos contatos tanto na área esportiva quanto empresarial, conseguidos através de sua atuação profissional no mercado e na Fundação Getúlio Vargas.

A conversa fluiu em trocas de ideias sobre futebol de base e profissional, marketing, finanças, programa sócio futebol, desenvolvimento da relação do Clube com a torcida, esporte olímpico e resgate do clube social.

O que pesa é o candidato não ter a experiência de “político”, fazendo que ele tenha algumas atitudes que no cotidiano não significa que ele seja mais ou menos tricolor do que qualquer um de nós, mas essas atitudes são usadas por politiqueiros criadores de factoides nas redes sociais.

Ao final de nossa conversa, falei o que mais me irrita nos bastidores do clube é que alguns ainda teimam em usarem de uma política rasteira em detrimento de apresentarem projetos de governança com transparência e profissionalismo.

Quanto ao candidato Carlos Eduardo (Cacá) ainda não conseguimos nos reunir, mas conheço o seu trabalho na Vice-Presidência Jurídica durante 5 anos da Gestão Peter e também a sua atuação na área jurídica.

Pelo o que tenho escutado dentro do clube, o Carlos Eduardo pelo seu temperamento, profissionalismo e equilíbrio em conduzir as coisas do Fluminense, terá muito a acrescentar no projeto que queremos para um Fluminense vencedor.

Quanto ao Ricardo Tenorio e o Michael Simoni, não é segredo que sempre foram os meus nomes preferidos, porque somam vivência, experiência, paixão e sabedoria para desenvolverem um projeto vencedor para o nosso futebol.

Na minha opinião, se juntarmos a paixão de todos e montarmos uma estrutura mais científica no clube com um planejamento bem feito de governança, o nome que sairia para presidente é o que menos importa.

O mais importante será a união de forças que fará o Fluminense mudar de patamar, voltando a ser o clube campeão e exemplo de organização.

E digo mais, o Pedro Antônio pela demonstração da sua dinâmica de gerenciamento e empreendedorismo, tem que ser convidado a compor esse time e acredito que respondera positivamente ao chamado de união de forças em prol do Fluminense.

Podem contar comigo para buscarmos sempre o melhor para o Clube, na luta constante de valorização de nossa marca, de nossas cores e de nossa ´centenária história!!!!

E para os contras e politiqueiros de plantão, digo que o clube sempre foi referência de valores éticos e morais, cada vez mais importantes para nossa sociedade. Seria muito bom que esta eleição fosse marcada pelo espírito esportivo e pela fidalguia que sempre notabilizaram a história tricolor.

“Ninguém no clube se pertence,
A glória aqui não é pessoal,
Quem vence em campo é o Fluminense,
Que é, como a Pátria, um ser ideal”

Por Coelho Neto (Trecho do primeiro hino oficial do FFC)

No mais, Vence o Fluminense SEMPRE!!!!

Saudações Tricolores Sempre!!!!”