Será votada na noite desta quinta-feira, no Salão Nobre das Laranjeiras, as contas do último ano da gestão Peter Siemsen. A aprovação, que era dada como garantida, já não é mais tão certa assim. Isso porque grupos que fazem parte da administração atual do clube anunciaram que rejeitarão as mesmas.

É o caso do MR21, que apoia a gestão, e do Esperança Tricolor, oposição. O Flu 2050, do qual o vice geral Cacá Cardoso faz parte, liberou seus membros para votarem como acharem melhor.


 
 
 

– Votaremos contra porque não concordamos com a forma como o Peter gastou o dinheiro do clube. Deixou uma bomba-relógio na conta do presidente Pedro Abad – explicou o conselheiro Antônio Gonzalez, do MR21.

Esta é a primeira vez que a Flusócio (de Abad, que votará pela aprovação) e estes grupos tomam caminhos diferentes desde que se uniram, no fim de 2016, para formar a atual gestão. Procurado, o presidente tricolor não quis se posicionar. O que se comenta no clube é que, embora haja um clima de tensão no ar, a relação não foi afetada.

O Conselho Fiscal já deu o parecer favorável para aprovar as contas por critério “eminentemente técnico contábil”.  No documento, a gestão do ex-presidente é chamada de “inconsequente e imprudente” por gastar toda a receita não recorrente (luvas de R$ 80 milhões pelo novo contrato com a TV) com despesas ordinárias e contratações, o que aumentou a dívida do clube.