Copa Intercontinental de clubes pode retornar ao calendário, diz jornalista

Competição nunca fora disputada pelo Fluminense

Disputada entre 1960 e 2004, a Copa Intercontinental de clubes, onde o campeão da Liga dos Campeões e o vencedor da Libertadores da América se encaravam, pode estar perto de um retorno. Em post no seu blog capitaneado pelo Uol Esportes, o jornalista Marcel Rizzo dá mais detalhes sobre a situação.

Confira:

 
 
 

O novo formato do Mundial de Clubes previsto pela Fifa, competição que deve deixar de ser anual para ocorrer a cada quatro anos, abrirá espaço para a volta do Intercontinental realizado entre o campeão da Europa (Liga dos Campeões) e o melhor time da América do Sul (vencedor da Libertadores). O confronto ocorreu entre 1960 e 2004, antes de a Fifa criar a sua competição de forma ininterrupta.

Já há costura entre a Uefa (União Europeia de Futebol) e a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) para que um jogo único volte a ser realizado em dezembro de cada ano em que o Mundial não for disputado. Mas ele pode acontecer mesmo nos anos em que o novo torneio da Fifa seja disputado, já que este deve ocorrer entre junho e julho e não no fim do ano. A Fifa já deu o aval para que as entidades procurem investimento para o Intercontinental.

O jornal espanhol “Mundo Deportivo” detalhou no sábado (26) que a Fifa planeja trocar a Copa das Confederações, nas datas ímpares em anos anteriores à Copa do Mundo, por um Mundial de Clubes encorpado, com 24 equipes – atualmente ele ocorre anualmente, em dezembro, com sete participantes – o campeão de cada continente, mais um representante do país anfitrião.

Essa possibilidade fez com Uefa e Conmebol intensificassem conversa sobre o retorno do confronto entre seus campeões. O formato, com um patrocinador forte em jogo único, sempre foi vantajoso financeiramente para as duas entidades. Houve inclusive, apurou o blog, compensação financeira da Fifa às duas confederações após 2004, quando o Mundial no formato atual foi criado e o Intercontinental teve que ser cancelado.

A montadora japonesa Toyota foi a principal patrocinadora do Intercontinetal a partir de 1980, quando o jogo passou a ter formato único, sempre disputado no Japão – de 1960 a 1979 (com exceção de 1975, que não houve) o campeão era decidido em jogos na Europa e na América do Sul, na casa dos times envolvidos.

Não está certo, por enquanto, se a empresa japonesa continuaria como patrocinadora, ou se novos mercados podem ser atingidos – há, porém, o consenso de que o Intercontinental só funciona em jogo único, em um continente neutro, com um parceiro forte injetando dinheiro.

Se a Fifa confirmar que seu Mundial quadrienal começa a partir de 2021, como publicou o “Mundo Deportivo”, esta deve ser a data de reestreia do Intercontinental. Há, porém, a possibilidade de antecipar, se acordos forem fechados, já para dezembro de 2020.

Os brasileiros Santos e São Paulo, duas vezes, Flamengo e Grêmio, uma, ganharam o Intercontinental. Cruzeiro, Vasco e Palmeiras chegaram até a decisão, mas foram derrotados. Milan, Boca Juniors, Real Madrid, Peñarol e Nacional ganharam três vezes cada.

Em 2000, a Fifa organizou seu primeiro Mundial, no Brasil, vencido pelo Corinthians, mas o torneio só passou a ser realizado anualmente a partir de 2005, com vitória do São Paulo. Corinthians e Inter também levaram, pelo Brasil, o Mundial Fifa no formato atual.