Foto: Nelson Perez/FFC

O Fluminense não cansa de decepcionar sua torcida. Nesta terça-feira, mais de 43 mil tricolores se dispuseram a dar mais uma chance ao time. Sem sucesso. A equipe dirigida por Marcão apenas empatou com o Atlético-PR por 1 a 1, no Maracanã. Cícero abriu o placar e Hernâni, de pênalti, deixou tudo igual. É o sétimo jogo sem vitória do Tricolor, que fica mais distante de obter a classificação à Copa Libertadores da América.

Marcão apostou na manutenção do esquema 4-2-3-1, porém, alterou as peças. A principal novidade foi a improvisação de Cícero como centroavante, única modificação que deu certo no primeiro tempo. O Fluminense teve enormes dificuldades na saída de bola, fruto das escalações de Edson e Pierre, meros destruidores, e Wellington Silva e William Matheus nas laterais, que possuem notórias limitações técnicas.


 
 
 

Os primeiros seis minutos foram de domínio territorial do Flu. Só. O Atlético-PR dominou a maior parte do jogo. Se aproveitou de erros sequenciais na saída de bola tricolor e criou chances. Para sorte da equipe carioca, o rival não foi feliz nas conclusões.

Outra novidade, Marquinho, não marcava, nem criava. Wellington queria a bola só para ele. Muitos dribles e escolhas erradas das jogadas. Os mais lúcidos do time foram, vejam só, Pierre, Gustavo Scarpa e Cícero. A dupla, inclusive, foi a responsável pela inauguração do placar.

Pela direita, o camisa 10 ajeitou para a canhotinha e lançou para a área com precisão. Cícero, com um toquinho, desviou e a pelota morreu na rede.

O Atlético-PR seguiu mandando na partida. Pelos flancos, com Pablo e, especialmente, Lucas Fernandes, emprestado pelo Fluminense, levaram William Matheus e Wellington Silva a loucura. O lateral-direito, inclusive, foi, disparado o pior da equipe nos 45 minutos iniciais. Irritou a torcida com vários passes errados e com menos de 25 minutos já era vaiado.

Pouca coisa mudou no segundo tempo. Exceto um chute de Wellington logo aos cinco minutos, o Atlético-PR seguiu mais presente no ataque. E conseguiu o gol. William Matheus tomou nas costas, Lucas Fernandes invadiu a área e o lateral-esquerdo, estupidamente, o derrubou. Pênalti cobrado e convertido por Hernâni.

Marcão, então, trocou o inútil Marquinho por Richarlison. Posteriormente, “ressuscitou” Osvaldo, que substituiu Edson. Nada mudou. O adversário obrigou Julio Cesar a trabalhar uma vez e assustou em finalizações de fora da área.

No finzinho, o Fluminense pressionou. Teve pênalti, contestável, a seu favor, mas Gustavo Scarpa bateu mal e o goleiro Santos defendeu. Depois, houve outro penal, não marcado, para o Tricolor. Fim de papo, torcida irritada e gritos de “Time sem vergonha”.