ol2As gigantescas dívidas dos clubes brasileiros com a União poderão ser extintas. O projeto do deputado Otávio Leite, presidente do Proforte (Programa do Fortalecimento do Esporte) prevê o fim dos débitos, mas com algumas exigências. Quem não cumpri-las seria rebaixado.

– Nós vamos sepultar o Proforte. Vou apresentar um substitutivo. Algo inteiramente novo. Os princípios e fundamentos que alicerçam a ideia do Proforte são coisas do passado. Estamos caminhando para uma outra direção. É necessário que os clubes saiam do atoleiro? É evidente. É necessário que eles, ao mesmo tempo, tenham novas obrigações? É evidente. Então vamos organizar. Três coisas: a primeira é a dívida em si, que é o centro do problema. A segunda, as obrigações dos clubes. Terceira, novas fontes de recursos para o esporte brasileiro – explicou Otávio, dando mais detalhes sobre o projeto:

 
 
 

– O primeiro é fixar a obrigatoriedade de que, em todos os anos, antes do início dos campeonatos, todos tenham que apresentar a Certidão Nacional de Débito. Depois, mostrar que estão em dia com os salários dos jogadores. Além disso, que eles publiquem o balanço financeiro sem esconder nada. Vamos exigir padronização para evitar um artifício contábil, que muitas vezes não mostra qual é o passivo do clube. É preciso ter um novo momento no futebol brasileiro. Ele começa com uma série de regras, uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal para os clubes. Se isso acontecer, os clubes terão direito a um parcelamento de 25 anos, no qual será possível pagar mensalmente algo que esteja dentro da capacidade. Se o clube deve R$ 300 milhões à União, ele vai pagar R$ 1 milhão por mês, R$ 12 milhões por ano. Mas podemos dar um desconto de 50% no primeiro momento, para o clube se ajustar. Isso não é anistia, porque o restante ele vai ter que pagar no final dos 300 meses. Será um marco zero do futebol brasileiro.

Quem não cumprir….

-Será rebaixado. Se sou da Série A e não apresento em janeiro a CND, eu vou para a Série B. Essa é a regra. É preciso dar um tranco de ajuste – explicou o parlamentar.


Sem comentários