Fluminense faz parte da consórcio que garante uso do estádio até 2044
Na última quinta-feira, deputados estaduais do Rio de Janeiro aprovaram a inclusão do Complexo do Maracanã em uma lista de imóveis que poderiam ser vendidos pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. Em matéria publicada pelo jornal ‘O Globo’ e assinada pelos jornalistas Carmélio Dias
e Felipe Grinberg, o Flamengo, que divide a concessão do estádio com o Fluminense, está de olho na situação.
Cabe destacar que estudos recentes indicam um valor R$ 2 bilhões ao complexo e, segundo o relator do projeto, que aprova a inserção do antigo Maior do Mundo na lista de imóveis para a venda, o político Alexandre Knoploch, o Flamengo “vê com bons olhos” a venda.
— Isso foi comentando e o Flamengo me pareceu ver com bons olhos. Vemos que é o único clube com capital financeiro e de público (torcida) para manter o Maracanã de pé. Pode-se ainda colocar uma condicionante na venda, de que os outros clubes possam usar, sob pagamento da locação. Nenhum outro clube conseguiria fazer a gestão do estádio — disse Knoploch ao O Globo.
A matéria diz que o relator é próximo de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, que é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro em 2026. Portanto, um possível rival do atual prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, nas urnas no próximo ano.
É comentado, portanto, que tal inclusão do Maracanã na lista pode ter relação com os bastidores da disputa eleitoral. As suspeitas aumentaram mais quando, há uma semana, o presidente do Rubro-Negro, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, fez uma reunião com Bacellar e deputados da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) quando tal tema foi colocado em discussão.
Em contrato, Fluminense e Flamengo têm a concessão do Maracanã e do Maracanãzinho até o ano de 2044. Por outro lado, o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio Célio de Barros, que também fazem parte do complexo esportivo, continuam sob administração do governo do Estado do Rio de Janeiro.
