nina-topo

Que o ano fui ruim pra maioria das pessoas, isso não é novidade. Mas nesses últimos meses 2016 está de parabéns nas coisas ruins.


 
 
 

Não sou uma pessoa negativa, e mesmo quando o Fluminense só me irrita (diferente desse que não apenas me irritou, só me deu mais momentos ruins ou medianos do que bons), prefiro não reclamar. Segue o jogo.

Mas esse ano não foram só derrotas idiotas. Não foram só empates medíocres. Não foram vergonhas em casa, que nem nossa casa era até voltar pro Maracanã. Não foi só isso.

Não foi só ceder pra quem não passou do cheirinho. Não foi só o Fred ir embora, trocar de técnico no fim do caminho (que Abel nos traga as mesmas e até mais alegrias a partir de agora, pelo menos).

1Morreu um pedaço de cada time de futebol no mundo, quando aquele avião caiu. Com ele, morreu parte da torcida de todo clube. E ainda teve quem registrou tudo isso.

Eu sou uma dessas pessoas e um dia quero poder cobrir jogo fora. Quando fui pra Quito, não era a trabalho, e sim por amor ao Fluminense, e admirava a equipe do SporTV fazendo matéria.

Morreu um pouco de todo mundo. Pela tragédia, pelas famílias, quem não ficou triste? Mas a gente que ama futebol, que respira jogo e gol, cara, que porrada.

Um ano em que a torcida da Chapecoense ganhou mais que jogos: ganhou visibilidade, destaque, torcida. Todo mundo virava Chape quando não era contra seu próprio time. Quantos anos não tínhamos um time que unia todo mundo? Mais até que a seleção.

Eu chorei inúmeras vezes. Por tudo que já escrevi até aqui. Pelo Lucas Gomes, que já foi nosso, inclusive. Pelo Fred de camisa preta e branca. Pelo pé na bunda que tomei e no dia seguinte pelo Rock Bola e Rádio Cidade que acabaram.

Foi um ano foda pra tanta gente. Que ano escroto. Mas que coisa boa ver que o futebol uniu. O cheiro, a série B, a liga dos campeões, tá todo mundo junto. Tá todo mundo no mesmo gramado.

O ano ainda não acabou, sabe lá o que ainda temos pela frente. Vai que a gente traz o Wellington Nem pra tranquilizar corações tricolores? Não custa sonhar.

E também não custa levar isso pra 2017. Esse amor que une. A gente vai deixar de sacanear o adversário? Claro que não, eu morro sem poder avisar que Botafogo não é time. Mas o amor vai estar ali, mais forte.

E a gente deve à você, Chapecoense. Tanto amor veio de tanta dor que nos levou a enxergar que somos todos apaixonados por algo maior: nosso time. O Fluminense é maior que tudo. O futebol é maior que tudo. E agora, a Chape.

Um abraço forte em todos vocês, cheio de nó na garganta. #forçachape

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