Em análise desenvolvida em seu portal, o GE sinalizou preocupação com o Time de Guerreiros depois do jogo da última noite. Com um placar magro aquém das expectativas, e uma vitória sofrida do Fluminense graças a um gol contra. Mas o torcedor tricolor precisa relativizar o resultado de 1 a 0 diante do Atlético-GO na última quarta-feira no Maracanã, pelo jogo de ida da quarta fase da Copa do Brasil. Contra uma forte retranca e um adversário bem armado e perigoso nos contra-ataques, o time de Odair Hellmann teve uma atuação com mais pontos positivos do que negativos.

O ponto negativo é um só, mas que preocupa bastante: o baixo poder de fogo. A equipe já vinha de um jogo de poucas chances na vitória sobre o Corinthians por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, e mais uma vez pouco criou contra o Atlético-GO: foram apenas oito finalizações, só metade na direção do gol. As melhores oportunidades foram: uma cabeçada de Wellington Silva, uma cobrança de falta de Nenê e um lançamento de Marcos Paulo para Luiz Henrique, que não conseguiu concluir.

Tem um peso grande na baixa produção ofensiva a atuação apagada de Michel Araújo, que se firmou no time titular e foi um dos responsáveis pelo encaixe do meio de campo. O uruguaio pareceu sentir o desgaste da maratona e desta vez não ajudou na criação, mesmo invertendo de lado com Wellington Silva, que também deixou a desejar. Soma-se a isso uma defesa bem postada, que ofereceu raros espaços, e um Fluminense que não podia se lançar com muitos jogadores para não ficar exposto.

Mas é preciso enaltecer (e entender) os pontos positivos de um jogo visualmente desagradável ao olhar do torcedor. Começando pelo sistema defensivo. Foi a 14ª de 35 partidas do Fluminense em 2020 sem sofrer gols, e isso não foi por acaso. Mesmo contra um ataque muito veloz, o time ofereceu uma única oportunidade para o Atlético-GO no Maracanã, em cabeçada de Renato Kayzer após sair sozinho na área tricolor em posição legal.