Abel durou mais tempo na gestão Peter. Ficou entre meados de 2011 e 2013 (Foto: Photocamera)
Abel durou mais tempo na gestão Peter. Ficou entre meados de 2011 e 2013 (Foto: Photocamera)

A gestão Peter Siemsen vem mostrando no Fluminense ser bem parecida com a dos demais clubes brasileiros em relação às constantes trocas-trocas de técnicos. Afinal, com pouco mais de quatro anos e meio de mandato do presidente, já são nove treinadores que passaram pelas Laranjeiras. A média de permanência é de sete meses no cargo. Abel Braga, entre o meio de 2011 e 2013, foi o único a ficar mais de um ano.

Logo que chegou ao clube, Peter Siemsen viu Muricy Ramalho pedir para sair. De lá para cá, passaram o próprio Abelão, Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior, Renato Gaúcho, Cristóvão Borges, Ricardo Drubscky e Enderson Moreira até a chegada do atual comandante Eduardo Baptista. Esta conta não leva em consideração os interinos. Enderson Moreira, por exemplo, ocupou o cargo desta maneira em 2011 entre a saída de Muricy e a chegada de Abel.

 
 
 

Veja um resumo de cada treinador que passou pelo Fluminense neste tempo com Peter Siemsen à frente do clube:

Muricy Ramalho – (29/04/2010 – 13/03/2011)

Campeão Brasileiro com o Fluminense em 2010 sob a gestão de Roberto Horcades, Muricy Ramalho foi mantido pelo então novo presidente Peter Siemsen. Porém, no ano seguinte, o técnico pediu demissão alegando falta de estrutura de trabalho para formar um time campeão. Na época, Peter Siemsen chegou a concordar com Muricy e lamentou a saída do técnico.

Números: 54 jogos (28v/15e/11d)
Aproveitamento: 61%

Abel Braga – (12/06/2011 – 28/07/2013)

Depois da saída de Muricy, Peter decidiu que queria Abel Braga. Para tanto, o contratou mesmo faltando dois meses para o fim do contrato dele com o Al-Jazira. Enderson Moreira foi o interino durante a espera. Deu certo. Abel Braga levou o clube ao título brasileiro em 2012. Entretanto, as cinco derrotas consecutivas e a entrada na zona de rebaixamento no campeonato seguinte colocaram um fim na passagem do técnico mais longevo da era Peter Siemsen.

Números: 140 jogos (75v/27e/38d)
Aproveitamento: 60%

Vanderlei Luxemburgo – (31/07/2013 – 11/11/2013)

Contratado para tentar livrar o Fluminense do rebaixamento em 2013, Vanderlei Luxemburgo chegou a ter um início animador com três jogos sem perder. Porém, o time não embalou. Depois de nove jogos sem vitória e o retorno para a zona da degola, Luxemburgo foi demitido do comando o Fluminense. Cercado de polêmicas desde o início – o técnico sempre se declarou flamenguista -, Luxemburgo deixou o clube com o pior aproveitamento da era Peter Siemsen.

Números: 26 jogos (7v/9e/10d)
Aproveitamento: 38%

Dorival Júnior – (14/11/2013 – 08/12/2013)

O Flu vivia situação dramática no Brasileiro de 2013. Faltando cinco rodadas e na zona de rebaixamento, Dorival foi contratado para tentar livrar o time da queda. Venceu três. Porém, não foi o suficiente para tirar o time da zona da degola. O Flu naquele ano acabou se livrando da queda por conta de irregularidades na escalação de jogadores por parte de Fla e Portuguesa. Dorival ficou marcado como o mais precoce da era Peter. Por outro lado, ostenta o maior aproveitamento.

Números: 5 jogos (3v/1e/1d)
Aproveitamento: 66,6%

Renato Gaúcho – (17/01/2014 – 30/03/2014)

Imposição do presidente da então patrocinadora do Fluminense, Renato Gaúcho assumiu o comando do Flu no início do ano passado. Porém, a queda na semifinal do Carioca para o Vasco e uma catastrófica derrota para o modesto Horizonte, no jogo da ida da primeira fase da Copa do Brasil, abreviaram a a quinta passagem do técnico pelo Flu. A demissão de Renato ainda marcou o racha definitivo entre Peter Siemsen e Celso Barros.

Números: 18 jogos (9v/5e/4d)
Aproveitamento: 59,2%

Cristóvão Borges – (10/04/2014 – 21/03/2015)

Aposta como um treinador da nova geração, Cristóvão Borges chegou ao Fluminense cercado de expectativas. Logo de cara, Cristóvão agradou, principalmente pela forma que fez o time jogar. Na Copa do Brasil, entretanto, decepção. Eliminação no Maracanã após sofrer uma goleada para o América-RN, que fazia campanha ruim na Série B. No Brasileirão, o time até flertou com o G-4, mas terminou na sexta colocação. No início deste ano, a fraca campanha no Carioca selou a demissão.

Números: 58 jogos (28v/11e/19d)
Aproveitamento: 54,6%

Ricardo Drubscky – (26/03/2015 – 17/05/2015)

Sem grande expressão no cenário nacional, Ricardo Drubscky foi mais uma aposta da diretoria em técnicos da nova geração. Tido como um treinador estudioso, era a primeiro oportunidade dele em um grande do Rio de Janeiro. No entanto, a passagem durou apenas cinco rodadas no Brasileirão. Uma goleada para o Atlético-MG selou a demissão. Drubscky deixou o Flu na sexta colocação do Brasileirão e com o segundo melhor aproveitamento da era Peter Siemsen.

Números: 8 jogos (5v/3d)
Aproveitamento: 62,5%

Enderson Moreira – (21/05/2015 – 16/09/2015)

A saída de Ricardo Drubscky abriu espaço para Enderson Moreira realizar a sua segunda passagem no Flu. Porém, a primeira como efetivo. O início foi de empolgação. Sob o comando de Enderson, o Flu chegou a flertar com uma briga pelo título, mas uma sequência de sete jogos sem vitórias derrubaram o Tricolor na tabela para fora do G-4. E junto custou o emprego de Enderson, que deixa o Fluminense com o segundo pior aproveitamento da era Peter Siemsen.

Números: 26 jogos (11v/4e/11d)
Aproveitamento: 47,4%


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