(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Foi assim que Luccas Claro reagiu a um inesperado “não” na Turquia, em setembro de 2019, pouco antes de acertar com o Fluminense. E não é que o zagueiro tinha razão? Com (quase) 28 anos na época, o jogador foi reprovado nos exames médicos do Denizlispor e viu o Tricolor abrir as portas nos últimos dias da janela de transferências para então viver sua melhor fase da carreira no ano seguinte.

Único dos titulares que ainda não estreou na temporada 2021, Luccas Claro está 100% recuperado das dores na coxa esquerda e, enfim, deve fazer seu primeiro jogo sob o comando do técnico Roger Machado nesta terça-feira, contra o Macaé, às 21h35 (de Brasília), no Raulino de Oliveira, pela 8ª rodada da Taça Guanabara. A expectativa em cima do zagueiro, agora, é outra. Bem diferente daquela de quando chegou.

 
 
 

Revelado pelo Coritiba, Luccas Claro saiu do Brasil em 2017 rumo ao futebol turco para assinar com o Gençlerbirligi por dois ano e meio. E já na reta final de seu contrato, sofreu uma lesão muscular na coxa que o tirou das últimas rodadas da temporada e, indiretamente, o levou ao Fluminense.

– O Luccas “abriu” a coxa, coisa simples, e ficou de fora das últimas rodadas. Depois, foi embora de férias. Quando ele se apresentou nesse clube, era praticamente a última semana de janela de transferências. Nós, com tudo acertado, chegamos no clube, fomos fazer o exame médico e quando fomos assinar o contrato, o diretor chamou o tradutor para nos explicar que ele não poderia ser contratado porque os médicos vetaram a contratação por conta dessa lesão na coxa – relembrou seu empresário, Gianfranco Petruzziello, em conversa com o GE.

– Depois de uns 13 anos de mercado, foi a primeira vez que aconteceu isso comigo. O Luccas ficou mais tranquilo do que eu. Me lembro até hoje da frase que ele disse olhando para mim: “Fica tranquilo, vambora, outra coisa melhor estar por vir”. Faltavam basicamente três, quatro dias para fechar (a janela). A notícia se espalhou pela Turquia e se fecharam todas as possibilidades por lá. Não deu para construir mais nada, e ele se viu desempregado da noite para o dia. Nós tínhamos que fazer uma reconstrução do nome dele aqui no Brasil, porque era um jogador que já estava há muito tempo fora – acrescentou.