A polarização do futebol brasileiro em Flamengo e Corinthians está em andamento, no que chamam de “Espanholização” do esporte por aqui. O presidente do Fluminense se preocupa com o plano de ação que visa a dar aos dois clubes de maior torcida do país uma vantagem econômica sobre os demais.

– Acho que sim (espanholização do futebol em curso no Brasil). O Palmeiras, agora com o parceiro dele, deu um fôlego financeiro muito grande. De um jeito ou de outro, o Fluminense teve a Unimed antes. Isso, naturalmente, desequilibra as forças. O natural é Flamengo e Corinthians estarem nesse topo e aí sim, dentro de um processo de criação de um gap muito grande, a diferença de cotas de tv vai criar, junto com outras receitas próprias, um desnível de competitividade. Isso, para mim, é muito claro. E se nada for feito, realmente, as coisas ficarão mais complicadas. Teremos, pontualmente, times tendo suas chances, mas, na média, vai acontecer o que ocorre na Espanha, que aliás, está em um processo de desfazer isso, de recriar uma competitividade. O modelo inglês mostra isso. Volta a meio tem times como Tottenham que sempre está nas primeiras posições.