Duílio, à direita, fez dupla de zaga com Ricardo Gomes (Foto: Matheus Gevaerd)

Campeão brasileiro em 1984 e carioca em 1983 e 1984, o ex-zagueiro e capitão Duílio tem uma história marcante pelo Fluminense contra o Flamengo. Foi ele o responsável por erguer os dois troféus no bicampeonato estadual em cima do maior rival, graças ao “carrasco” Assis e companhia.

Em semana de Fla-Flu, que acontecerá no próximo sábado, dia 13, no Maracanã, o NETFLU publicará outras entrevistas com personagens que marcaram época com o manto tricolor em cima do seu maior rival. Confira na íntegra o papo com o zagueiro Duílio, xerifão da zaga do Flu nos anos 80:


 
 
 

Tem acompanhado o Fluminense?

– Do clube, em si, a gente não está feliz com as situações que lê, escuta e vê. A equipe teve um aumento de produção, mas claro que tem os seus altos e baixos, muitos problemas que acabam afetando. Mas nada como uma vitória como essa na segunda-feira para ir ao Fla-Flu com moral.

Em sua passagem pelo Fluminense na década de 80, você disputou vários Fla-Flus importantes. Qual foi o mais marcante pra você?

– Eu só sei que eu ganhei mais do que eu perdi, principalmente as finais de Carioca de 83 e 84. A que mais marcou foi de 83, porque vínhamos desacreditados, com muitos problemas, parecido com esses que o Flu vive hoje. Mas eram problemas internos, que não vazavam, diferente do que acontece atualmente. Estavam todos dando o Fla como campeão carioca de 83, tudo conspirava em favor deles. Mas o Assis fez aquele gol no final do jogo e até hoje está na memória, entrou para a história.

E qual seria o seu prognóstico para o Fla-Flu do próximo sábado?

– Veja como tudo muda. Os Fla-Flus eram aos domingos, mas por conta de compromissos, até os clássicos são remanejados. Espero que o Flu jogue como Flu. Mas Fla-Flu é Fla-Flu. Da maneira como o Flu está jogando hoje, o time tem amplas chances de sair como vitorioso porque não há favoritos numa partida desse porte.

Confiante na Sul-Americana?

– O Fluminense precisa fazer o resultado aqui contra o Nacional (URU). Tivemos, através da televisão, aquele lance do Dedé no jogo contra o Cruzeiro, pela Libertadores. Parece, às vezes, que é tudo armado, principalmente contra clubes brasileiros. Se fizer um bom jogo aqui, no segundo jogo é só administrar. É muito difícil se montar uma equipe com jogadores que estão chegando. O Marcelo parece que encontrou a forma de jogar. Basta não dar sopa para o azar, que o Flu pode surpreender nessa competição. O Nacional não é nenhum bicho papão.