(Foto: Lucas Merçon/FFC)

O presidente Pedro Abad decidiu deixar o cargo no Fluminense e convocou uma Assembleia Geral para votar uma mudança no estatuto, visando a antecipação das eleições, previstas para novembro de 2019, para o início do ano. Porém, a ideia do mandatário dividiu a oposição tricolor.

A coalizão “Fluminense Unido e Forte” é contra a mudança no estatuto e a antecipação das eleições. O ex-vice de finanças da gestão de Pedro Abad, Diogo Bueno, defende a renúncia do mandatário tricolor. Em entrevista ao portal Globo Esporte, fez um comparativo entre a situação do Flu com o Brasil.

 
 
 

– A gente tem de pensar na instituição. Precisamos de regras que precisam ser cumpridas. Fiz um comparativo com o Brasil. Sem dar juízo de valor, houve o impedimento da presidente Dilma. Assumiu o vice, o povo foi às ruas e votou no novo presidente. Isso é demonstração de que o Brasil não é a Venezuela, por exemplo. Se cumpriu as regras do processo eleitoral – disse Diogo Bueno.

– Se não quisermos ter riscos de judicialização do pleito, temos de respeitar o estatuto. Vamos fazer o que o dispositivo já fala. Se pode eleger mais rápido o novo presidente com a renúncia. Essa reflexão que eu pedi. A proposta do Abad é clara, mas imagina se passa um tempo e um outro presidente começa a mudar o estatuto de acordo com seus interesses para se perpetuar no poder? – questionou.

– Quem ganhar a eleição, tem de ter em mente de que se precisa de paz. Tem de ter hombridade para convidar todos os tricolores para contribuir. O Fluminense pode viver em paz e em harmonia. Dá para ter o futebol e a sede social. Mas ela precisa gerar receita. Não podemos ter só oito mil sócios nas Laranjeiras. A sede deve ser modernizada, assim como temos de avançar no projeto do estádio. O Fluminense é viável, sim – concluiu.