Procópio jogou pelo Fluminense por três anos e disputou mais de 100 partidas com a camisa do clube (Foto: Arquivo pessoal)

O Fluminense enfrenta o Independiente Santa Fe, nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Grupo D, da Libertadores. O último encontro foi há 57 anos (com vitória dos colombianos por 1 a 0) e o ex-zagueiro tricolor Procópio Cardoso lembra bem como foi.

À época, o Flu viajou a América do Sul e disputou torneio com River Plate, Millionarios (COL) e o próprio Santa Fe.

 
 
 

— Eles encheram o estádio para nos ver. O grande time colombiano naquele momento era o Millionarios, arquirrival deles, de Bogotá. Eram famosos por levar grandes jogadores para a Colômbia, como o (Alfredo) Di Stéfano. Nós os vencemos, inclusive. A torcida do Independiente Santa Fe encheu o El Campín para ver os brasileiros. Éramos uma atração, como o River Plate, já um time muito reconhecido na época – recorda.

Hoje com 82 anos, Procópio Cardoso afirma ser torcedor do Fluminense, mesmo com passagens por outros grandes clubes do futebol brasileiro. Ele conta a paixão pelo Tricolor.

— Sou tricolor de coração. A música que toca quando ligam para o meu número é o hino do clube. É a maior paixão que tive na vida. Eu gosto de muitos times que joguei, que graças a Deus foram muitos grandes como Cruzeiro, Atlético, Palmeiras e São Paulo, mas nada como o Fluminense. Estarei na torcida novamente na Libertadores – falou, prosseguindo:

— Quando eu era mineiro em BH, o Orlando jogava no Atlético. A gente ia ver ele jogar no Independência, ele era extraordinário. Quando fui jogar no Fluminense, conheci, conversei muito com ele, Píndaro, Bigode, Pinheiro. O Fluminense é diferente dos outros. É um clube de amizade, de camaradagem. Esses jogadores amavam o clube, iam todos os dias lá depois de parar de jogar, conversar com os atletas. O Orlando era cracaço. Pequenininho, mas era um meia-atacante que fazia de tudo em campo. Mesmo assim, tomara que o Fred ultrapasse. O bom da história é sempre poder escrevê-la e atualizá-la.

Procópio jogou pelo Fluminense de 1963 a 1965. Foi campeão carioca em 1964. Disputou 110 partidas e fez dois gols pelo clube.