Conhecido nacionalmente por conta de suas atuações nos tribunais em defesa do Fluminense, clube no qual trabalhou até o final do ano passado, quando entrou seu cargo para se candidatar à presidência, Mário Bittencourt passou por maus bocados na quarta-feira. Convidado pela diretoria do Atlético-PR para acompanhar o duelo entre o clube e o Flamengo, pela Libertadores, já que foi contratado pelos paranaenses para atuar nos tribunais em prol da instituição, Mário foi à Curitiba. No voo, porém, foi reconhecido por rubro-negros, que tinham o mesmo destino. Dali então, o profissional não teve mais sossego. Com cânticos ofensivos, os cerca de 50 flamenguistas não pouparam o advogado, que levou a situação na esportiva.

O provável motivo da reação dos rubro-negros tem nome: o caso Lusagate, em 2013. Na época, o clube havia escalado o lateral-esquerdo André Santos de forma irregular e foi salvo porque, coincidentemente, no dia seguinte, a Portuguesa relacional o meia Héverton de forma ilegal. Como o Fluminense era parte interessada, Mário atuou nos tribunais e garantiu a manutenção da lei, o que desencadeou na perda dos pontos do Rubro-Negro e da Lusa, causando o rebaixamento da equipe paulista. Procurado pelo portal NETFLU, Mário Bittencourt comentou acerca do ocorrido no voo.

 
 
 

– Estava viajando a trabalho e realmente ocorreu esse fato no voo. Não todos os torcedores do Flamengo que estavam lá fizeram isso, mas a grande maioria cantou músicas ofensivas, não só em relação a mim, mas também em relação ao Fluminense. Eu levei com espírito esportivo, elegância e sem qualquer tipo de agressividade porque vejo como coisas do futebol. É normal que eles tenham esse sentimento em relação a mim porque sabem que se não fosse a Portuguesa a escalar o jogador irregular no domingo, eles teriam caído pra segunda divisão por terem escalado o André Santos irregular no sábado. Com relação ao Fluminense a reação também e normal porque numa semana de decisão, o sentimento deles aflora, afinal de contas, o histórico negativo em decisões contra nós os deixa preocupados. Até o maior ídolos deles já falou sobre isso num filme sobre o Fla X Flu. Mas fico feliz que depois de 1995 tenhamos uma decisão envolvendo os dois clubes novamente. O futebol carioca precisava um Fla X Flu na final, até porque, foram os dois melhores times da competição. Serão dois grandes jogos, tenho certeza disso, e com uma grande festa das duas torcidas como foi na final da Taça Guanabara. A festa da paz – destacou.

O advogado se referia a este vídeo, tirado do documentário que conta a história do Fla-Flu: