(Foto: Lucas Merçon - FFC)

Perto do limite. Apesar de ter sido inscrito na Libertadores da América, o meia Miguel, que sequer vem sendo relacionado nos jogos do Campeonato Carioca, não sabe se será, de fato, aproveitado pelo técnico Roger Machado. Se nada mudar até o meio do ano, dificilmente o Fluminense conseguirá possibilidade de negociá-lo, já que bastará aos clubes interessados aguardarem até janeiro de 2022 para assinarem um pré-contrato. Devido ao desgaste, tampouco haverá trégua para tenta ajudar o clube das Laranjeiras a conseguir algum dividendo. Mas não é só isso.

Em conversas com pessoas de dentro do clube, o NETFLU descobriu que os próprios dirigentes do Fluminense entendem que se colocaram numa sinuca de bico: sem ceder, mantendo suas convicções, a cúpula tricolor sabe que tem até o meio do ano para tentar dar uma oportunidade ao jovem e entrar em acordo com o estafe de Migue. Depois disso, praticamente nenhum diálogo será retomado.

 
 
 

O site já havia apurado que Arsenal (ING), Tottenham (ING), Milan (ITA) e, principalmente, a Juventus (ITA) têm acompanhado de perto a situação do jogador. Os dirigentes tricolores não entram em acordo com o estafe quanto a um aproveitamento melhor do jovem e a tendência é que siga assim. O fato de Miguel não ter muitas chances é motivo de discórdia internamente, além da difícil relação entre o presidente Mário Bittencourt e os representantes da joia da Xerém, como o pai do atleta.

Utilizado em menos de 600 minutos em dois anos de clube, não considerando a estreia no Carioca de 2021, o jogador ainda procura espaço em meio a um relacionamento conturbado com a diretoria. A certeza que paira no ar, neste momento, é que a possibilidade de renovação do atleta, que tem contrato até o meio de 2022, é praticamente nula.

Recentemente, o pai do jovem, José Roberto Lopes, aceitou que ele fosse escalado na equipe sub-17 que disputaria o título da Supercopa do Brasil da categoria, em meio a tantos “nãos” ao filho com relação a oportunidades no profissional. Na ocasião, porém, o diretor de futebol, Paulo Angioni, entendeu que o jovem poderia atrapalhar o clima de um time que já estava bastante entrosado e que havia conquistado o Brasileirão sub-17.

Quando esteve perto de completar 17 anos, Miguel subiu para o profissional no segundo semestre de 2019, se destacando no Estadual de 2020. O jovem, entretanto, foi perdendo espaço para atletas mais experientes e, depois, para figuras de menos destaque da base, amargando o banco de reservas. Em algumas oportunidades ele, sequer, foi relacionado.

É importante frisar que o jogador, com passagens por diversas seleções de base e que não vem sendo convocado por conta de um imbróglio interno, possui vínculo apenas até o dia 3 de junho de 2022 e uma multa de 35 milhões de euros (R$ 235 milhões). Ou seja, a partir de janeiro do próximo ano ele já pode assinar pré-contrato com qualquer outro clube sem que o Fluminense receba nada por isso.