Um ídolo consegue se bancar sozinho? A volta de Fred ao Fluminense ainda não deu resultado em campo, mas fora das quatro linhas pode já estar mostrando benefícios. O retorno do ídolo foi anunciado no último dia de maio e, coincidência ou não, a partir de junho o clube alavancou o número de sócios-torcedores e multiplicou seu faturamento com vendas de produtos nas lojas oficiais. Isso tudo em meio à pandemia do novo coronavírus e o quadro ainda crítico no Brasil – país teve média de 1.052 mortes por dia na semana.

O Globo Esporte, baseado nos números do portal de transparência no site oficial tricolor, sinalizou um faturamento com as lojas do clube em junho de R$ 110.632,05. Quase três vezes mais do que havia sido o seu melhor mês de comercialização em 2020, que era janeiro com R$ 43.427,22. O lançamento dos novos uniformes no início de maio, com preços de R$ 169,90 a R$ 259,90, também ajudou a aquecer a procura da torcida por camisas e outros produtos oficiais.

 
 
 

Com relação ao programa de sócios, o Fluminense adiou o lançamento dos novos planos de 2020 devido à pandemia. Mas mesmo diante da crise financeira que atravessa o país o número de adesões foi maior do que de cancelamentos. Em 24 horas após o anúncio do Fred, o clube teve cerca de mil novas adesões. E em junho, torcedores fizeram uma campanha de mobilização para aumentar a quantidade de associados: em um mês, o total saltou de 26.896 para 33.765.

Com a dificuldade de buscar patrocínios no mercado, o programa de sócio-torcedor é tratado como carro-chefe da atual gestão. Presidente do Fluminense, Mário Bittencourt afirmou em coletiva no início do ano que quando assumiu a presidência, em junho de 2019, apenas nove mil sócios estavam adimplentes e fechou 2019 com 23 mil. A meta da diretoria é chegar aos 50 mil, que com tíquete-médio de R$ 40 darão uma renda mensal de aproximadamente R$ 2 milhões ao clube.