Sem baixar a cabeça. O Fluminense não vai recuar na sua postura diante do Consórcio Maracanã S.A, que administra o maior estádio do Brasil e possui contrato com o Tricolor. Depois de ter sido surpreendido, no fim de semana, pela quebra contratual, mesmo respaldado pela Justiça, a cúpula do Fluminense definiu que irá até as últimas consequências jurídicas contra a Odebrecht, empreiteira por trás da empresa responsável pelo “Maior do Mundo”.

Além disso, por ora, está descartada qualquer possibilidade de abandonar o estádio para jogar no Engenhão, campo do Botafogo, em jogos com mando de campo do Time de Guerreiros, como vinha sendo especulado. O NETFLU apurou que os advogados do clube das Laranjeiras estão tranquilos quanto aos direitos do Fluminense em torno do espaço de sua torcida no Maracanã, seja visitante ou não.

 
 
 

Em 2013, o Flu assinou com o Consórcio Maracanã S. A. o contrato de uso do estádio por 35 anos. Na época, ao lado do então presidente do Consórcio, João Borba, o mandatário tricolor, Peter Siemsen, celebrou o contrato como um divisor de águas na saúde financeira do clube. A comemoração girava em torno o uso do estádio a custo zero, mesmo se a presença de público em seus jogos não correspondesse as expectativas.

Pelo compromisso, o Tricolor teria, basicamente, duas fontes de renda no estádio: bilheteria e venda de produtos em uma loja oficial do clube no Maracanã. O estádio fora dividido em dois nos jogos do Fluminense: a arrecadação com a venda dos 43 mil ingressos das cadeiras atrás dos gols e dos escanteios ficará com o clube; a dos restantes 35 mil bilhetes (incluindo áreas vips e camarotes, onde os bilhetes são mais caros) caberia ao Consórcio Maracanã S. A.

O que era motivo de admiração, virou problema anos depois. Peter concordou com um aditivo que mudava os moldes do contrato. Depois disso, o Fluminense tentou recuar, mas uma liminar garantiu o aumento dos custos do Tricolor para atuar no estádio desde 2017. A medida vale até os dias atuais, gerando inúmeros prejuízos ao Tricolor, que deve cerca de R$ 1,5 milhão ao estádio.