Autor de gol do Fluminense na estreia, Nenê está fora do último jogo do Fluminense em 2020 (Foto: Lucas Merçon - FFC)

Por mais que a temporada vá até 2021 em virtude da paralisação devido à pandemia de Covid-19, o Fluminense fará seu último jogo em 2020 com um time bem diferente do que estreou. A equipe fez sua primeira partida no ano diante da Cabofriense, no dia 19 de fevereiro, e venceu por 1 a 0, gol de Nenê. Frente ao São Paulo, neste sábado, no fechamento, terá ao menos oito jogadores diferentes.

As mudanças se iniciam, inclusive, pelo banco de reservas. Hoje comandado por Marcão, o Fluminense tinha no começo do ano Odair Hellmann. Recentemente, o técnico abandonou o posto para assumir o Al Wasl, dos Emirados Árabes.

 
 
 

Diante do São Paulo, Marcos Felipe e Matheus Ferraz são as únicas presenças certas que também estavam em campo no primeiro jogo do ano. Yuri tem chances de ser o terceiro.

Frente à Cabofriense, o Fluminense teve diversos problemas como as lesões de Marcos Paulo e Evanilson. A escalação foi a seguinte: Marcos Felipe, Gilberto, Luccas Claro, Matheus Ferraz e Orinho; Yuri, Dodi e Hudson; Nenê, Lucas Barcelos e Felippe Cardoso. Saiba onde estão eles atualmente:

Marcos Felipe
O goleiro só começou o ano no time porque Muriel ainda estava se recuperando da lesão no punho, sofrida no fim da temporada passada. Após a volta do camisa 27, Marcos Felipe voltou a ser reserva e viu seu companheiro ser o mais escalado no gol, em 43 das 52 partidas até aqui. Mas ganhou a posição nos últimos jogos e hoje é considerado o titular, mesmo entrando em campo neste sábado apenas pela 10ª vez em 2020.

Gilberto
O lateral-direito era titular absoluto do time até ser vendido para o Benfica, de Portugal, no meio da temporada. A disputa pela vaga de Gilberto foi acirrada, e Igor Julião é quem mais jogou na função em 2020: foram 20 partidas como titular. Mas Calegari, com 14 jogos desde o início, mostrou mais segurança defensiva que o companheiro, que oscilou mais, e deve voltar ao time neste sábado após um período de treinos com a seleção sub-20.

Luccas Claro
Se em janeiro o zagueiro jogou porque Nino estava com a seleção brasileira sub-23 no Pré-Olímpico e Digão ainda estava acertando sua permanência no clube, atualmente ele é o titular incontestável da posição e já começou jogando em 29 partidas, só atrás de Nino, que tem 34. Luccas Claro se mostrou o defensor mais regular de 2020, porém, sofreu uma lesão na coxa direita contra o Atlético-GO e por isso não enfrenta o São Paulo. Matheus Ferraz entrará em seu lugar.

Matheus Ferraz
Zagueiro mais experiente do elenco, Ferraz começou a temporada com o status de titular após se recuperar da grave lesão no joelho do ano passado. Mas não manteve a condição ao longo de 2020 e só começou jogando em 16 partidas. Em um dos setores de maior concorrência do time, ele chegou a ser terceira e até quarta opção, atrás de Digão, que hoje está no Buriram United, da Tailândia. Contra o São Paulo, vai substituir Luccas Claro e reeditar a dupla de zaga ao lado de Nino.

Orinho
Sem nunca ter se firmado como titular, o lateral-esquerdo jogou diante da Cabofriense porque o recém-contratado Egídio ainda não estava regularizado. Orinho começou jogando apenas em cinco partidas e, fora dos planos da comissão técnica, foi emprestado para o Oeste para jogar a Série B. Apesar de Egídio ter sido o mais escalado na posição, em 34 jogos, nem mesmo ele se firmou, e o clube foi buscar no mercado Danilo Barcelos, que atualmente tem o status de dono da lateral esquerda.

Yuri
Após terminar 2019 como titular, Yuri manteve o status no início de 2020, até porque o recém-contratado Henrique ainda não estava regularizado. Mas foi outro jogador que perdeu espaço ao longo do ano e começou jogando só em 19 das 52 partidas da equipe até aqui. Mas, contra o São Paulo, pode ser escalado diante dos desfalques de Hudson e Martinelli, considerados titulares atualmente.

Dodi
Quando foi escalado no início do ano, em uma formação com três volantes, Dodi foi considerado uma surpresa, já que nunca havia se firmado no clube desde 2018. Ninguém imaginava que ele se tornaria peça indispensável do time na reta final do Carioca e no Brasileiro, virando titular absoluto e começando 31 partidas. Porém, como não renovou o contrato e acertou com o Kashiwa Reysol, do Japão, para 2021, ele foi afastado pela diretoria na reta final do ano.

Hudson
Contratado junto ao São Paulo e estreante do dia naquele 19 de janeiro, Hudson deu até assistência contra a Cabofriense e manteve até hoje o status de titular do time, mesmo com críticas por parte da torcida, com direito à braçadeira de capitão em várias oportunidades. É o volante que mais começou jogando em 2020, em 35 partidas, mas neste sábado está fora de combate porque recebeu o terceiro cartão amarelo e terá que cumprir suspensão.

Nenê
Apesar da má fase nos últimos meses, Nenê vive um dos melhores anos se comparado a suas mais recentes temporadas da carreira. Em 2020, ele não só foi titular absoluto, começando 43 das 52 partidas do time, como ainda foi o artilheiro do Fluminense com 20 gols, sendo um o da vitória por 1 a 0 na estreia sobre a Cabofriense. Mas o meia sequer foi relacionado contra o São Paulo, segundo o clube, porque está fazendo um trabalho físico específico.

Lucas Barcelos
O garoto então com 21 anos, recém-saído da base, foi escolhido para ganhar uma oportunidade no time diante dos vários desfalques para o ataque. Lucas Barcelos manteve a posição em mais duas partidas, mas não mostrou o suficiente para ser mantido e logo perdeu espaço. Chegou a integrar a equipe sub-23 do Fluminense, mas acabou emprestado para o Figueirense na Série B.

Felippe Cardoso
Foi mais um reforço estreante naquele jogo contra a Cabofriense. Mas, diferentemente de Hudson, o centroavante nunca se firmou no time e chegou a ficar fora dos planos da comissão técnica, algo que mudou após a saída do titular Evanilson para o Porto, de Portugal. Depois da estreia, Felippe Cardoso começou jogando só em mais cinco jogos, mas vem sempre entrando e fez três gols. É outro que convive com as críticas da torcida e deve continuar como opção no banco diante do São Paulo.

A provável escalação do Fluminense para enfrentar o São Paulo é a seguinte: Marcos Felipe, Calegari, Nino, Matheus Ferraz e Danilo Barcelos; Yuri (André), Yago e Michel Araújo; Marcos Paulo, Wellington Silva e Fred (Lucca).