(Foto: Mailson Santana/FFC)

Em crise financeira e passando sufoco com penhoras judiciais, além da ameaça de exclusão do Profut, o Fluminense evoluiu em suas finanças comparado com o ano passado e reduziu a dívida líquida graças à venda de jogadores, que ultrapassou R$ 100 milhões. Com isso, o débito tricolor teve uma queda de R$ 14 milhões, de acordo com informações do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL.

Em 2018, o Fluminense vendeu R$ 119 milhões em jogadores, com negociações como as de Wendel, Henrique Dourado, Ayrton Lucas e Sornoza, além do percentual da venda de Richarlison. Desta forma, a receita geral do clube atingiu R$ 297,3 milhões. Com isso, houve uma redução da dívida líquida de R$ 568,5 milhões para R$ 555 milhões.

 
 
 

Para chegar a esse número, é preciso fazer um ajuste no passivo do clube, que inclui as luvas do contrato de televisão da Globo por norma contábil (esse não é dívida). O clube registra ter pago R$ 53 milhões em débitos fiscais e trabalhistas. O déficit ficou controlado em R$ 1,5 milhão.

O Fluminense chegou a ter 30% das receitas bloqueadas – percentual que foi reduzido para 15%. No total, o clube acumula depósitos judiciais de R$ 38,9 milhões, relacionados a ações trabalhistas. Entre as cobranças na Justiça, estão ações da Unimed. A ex-parceira cobra R$ 35 milhões em processos, segundo o balanço divulgado pelo clube. As demandas são por percentuais de jogadores que a empresa tinha direito e nunca foram pagos.

No próprio balanço, o clube reconhece que o objetivo é seguir as ações para obter uma posição de negociação. No documento, o Fluminense diz estar se esforçando para adequar as despesas às receitas sem contar a venda de jogadores. Pelo balanço, o clube tem que pagar R$ 284 milhões durante o ano (passivo circulante), o que inviabilizaria seu funcionamento, já que é valor similar à sua receita anual.