O NETFLU publicou, em primeira mão, informações a respeito da derrota do Fluminense para o Independiente Del Valle (EQU), na Fifa, em três processos. O Tricolor deve quase R$ 17 milhões (levando-se em conta a cotação do Euro no início do processo, que estava abaixo dos R$ 5) aos equatorianos, referentes as aquisições do meia Sornoza e do volante Orejuela. Depois da decisão da entidade há mais de dois meses, o Tricolor fez um acordo diretamente com o clube, porém ainda não pagou.

O NETFLU apurou que, apesar disto, o Fluminense está respaldado e, por ora, não corre o risco de tomar uma punição como o Cruzeiro tomou, da perda de pontos em competição nacional. A principal justificativa, neste momento, para o não pagamento, é a pandemia de coronavírus, o que não livrou a Raposa, por exemplo, da punição.


 
 
 

O site número 1 da torcida entrou em contato com a comunicação do Fluminense na última quinta-feira. Até o final desta noite, contudo, o clube não se pronunciou a respeito do débito. Em resumo, o Tricolor ganhou tempo alegando que está com contrato pronto. Ambas as equipes protocolaram na Fifa um acordo, mas que ainda não fora cumprido.

Além disso, ainda há juros (com a conversão de moedas nas cotações atuais) e os prazos de pagamento são entre 30 e 45 dias a contar a partir das notificações, ocorridas no início de março. Tudo isso definido antes do acordo ser selado.

O Independiente Del Valle tinha percentual no acordo de compra pelo dois atletas, que o Fluminense não conseguiu arcar com as parcelas. Isso rendeu uma ação para cada caso. Além disso, ainda havia um processo referente à venda de Sornoza para o Corinthians, na gestão Pedro Abad. Na época, não houve repasse ao clube do Equador, aumentando a dívida.

As tratativas da negociação estavam perto de serem finalizadas, apesar do processo em andamento. Os equatorianos preferiram não oficializar o acordo antes de uma eventual decisão da Justiça, porque caso o Flu não conseguisse cumprir com a palavra teriam de iniciar um novo processo.

Sendo assim, no dia 24 de fevereiro, quando o Del Valle veio ao Maracanã jogar contra o Flamengo pela Recopa, o presidente Mário Bittencourt se reuniu com dirigentes do clube, fizeram um acordo de parcelamento da dívida e esperaram a decisão da judicial para sacramentá-lo em parcelas.

Orejuela e Sornoza foram contratados pelo Fluminense no final de 2016. O Tricolor demorou quase dois anos para pagar uma parcela definida para 2017. A partir daí, os equatorianos acionaram à Fifa, denunciando o não cumprimento do Fluminense e o processo se estendeu até este mês.

Na época, a ideia nas Laranjeiras era usar parte do dinheiro da venda de Richarlison para manter o pagamento em dia dos equatorianos. Porém, foi priorizado regularizar os direitos de imagem atrasados com o grupo naquela época e, ainda, em contratar Robinho, junto ao Figueirense, por cerca de R$ 7 milhões.