(Foto: Divulgação - Twitter do Santa Fe)

E aí tricolores, tem alguém empolgado com a nossa estreia na Liberta contra o River? O resultado não foi o melhor possível, mas nossa performance nos deu a esperança de que o Flu será competitivo no torneio continental.

Mas a Libertadores 2021 não para e já temos que pensar no próximo adversário, o colombiano Independiente Santa Fe. De cara já fica evidenciada nossa primeira adversidade, a altitude de mais de 2.600 metros de Bogotá, cidade sede do nosso adversário (com possibilidade de o jogo ser realizado em Tunja, a 2.800 metros).

 
 
 

Mas se engana quem pensa que o único perigo oferecido pelo Santa Fe é a altitude. Ausente das competições internacionais nos últimos anos por consequência de campanhas ruins nos campeonatos locais, desde 2020 o Santa Fé vem sendo um dos times mais fortes da Colômbia.

Eles foram vice-campeões colombianos em 2020, após terminarem a fase classificatória do campeonato em primeiro lugar. Já no atual campeonato terminaram a fase classificatória em segundo lugar e estão disputando a fase de quartas de finais da competição (perdeu o primeiro jogo para o Junior Barranquilla por 3 a 1, fora de casa).

O sistema defensivo é a maior força coletiva do time, tendo sido a segunda defesa menos vazada da fase classificatória do atual campeonato e também do anterior. Porém, nos últimos jogos a última linha de defesa tem falhado sucessivamente e é um ponto a ser explorado.

O sistema tático utilizado pelo Santa Fe é o 4-2-3-1. Nosso adversário é um time que busca ocupar o campo de ataque pressionando a saída de bola adversária e, com certeza, tentarão impor essa estratégia de jogo jogando em casa contra o Fluminense.

Embora tente agredir o adversário a partir da troca de passes, infiltrando com triangulações buscando chegar com muitos jogadores na área adversária, o Santa Fe não consegue estabelecer esse estilo de jogo muitas vezes durante os jogos. Quando surge a dificuldade em trabalhar a bola, a saída sempre é buscar os jovens e rápidos ponteiros, muitas vezes utilizando a ligação direta. Essa acaba sendo a jogada mais efetiva e perigosa do time colombiano. Outra arma a ser ressaltada são as jogadas de bola parada, em especial cruzamentos para o alto zagueiro Palacios.

Os destaques individuais do time são o experiente goleiro Castellanos, forte contra chutes de fora e saindo para bloquear as finalizações dos atacantes. O dinâmico meia Osório, muito participativo, apesar de não ser um meia de alta técnica e criatividade, responsável por perigosas cobranças de escanteios e faltas. E o rápido e habilidoso atacante John Arias, que atua pelo lado esquerdo e costuma ser o jogador que mais causa dificuldades a marcação adversária. Atenção Calegari… o Arias joga com pé trocado sempre puxa pra dentro, repetindo, pra dentro. Pode dar o fundo, meu garoto, que você vai se dar bem.

Nesse primeiro confronto eles terão dois desfalques importantes. O lateral-direito Arboleda, rápido e constantemente utilizado para dar amplitude pela direita, foi expulso na estreia. E o experiente meia Sherman Cárdenas, ex-Atlético-MG e Vitória, que vem sendo desfalque nas últimas semanas em virtude de uma contusão muscular.

Coletivamente, as maiores dificuldades do Santa Fé são a saída de bola quando pressionados pelos adversários e bloquear as jogadas em velocidade pelas pontas, em especial jogadas de linha de fundo que terminam em cruzamentos para área.

Kayky e Luís Henrique terão papel essencial nesse confronto e devem ser constantemente acionados pelas pontas buscando jogadas de velocidade e habilidade que terminem em cruzamentos pro nosso matador Dom Fredom. A pressão na saída de bola, em especial na dupla de zaga, é certeza de bons frutos e chances de gol.

O mapa da mina, espero que ele não esteja lendo, é o zagueiro Torijano que vem falhando sucessivamente nos últimos jogos, tanto pelo alto quanto por baixo. Anotou, Dom?? Para facilitar… fica em cima do camisa 2. Cruzamento na área, sempre em cima do 2.

Outro ponto fraco do adversário é a posição de centroavante. Vários jogadores vêm se revezando na posição ao longo da temporada sem conseguir uma significativa produção de gols. Nossa excelente dupla de zaga não terá maiores problemas com o centroavante adversário mas precisa estar atenta a infiltração dos jogadores que vêm de trás. E pra terminar… Vamos Fluminense com garra e com raça.

Time base do Santa Fé: Castellanos; Porras, Torijano, Palacios e Mosquera; Giraldo, Pico e Osório; Velásquez (Caballero), Ramos e Arias.

Curiosidades:

– Fluminense e Santa Fe nunca se enfrentaram em jogos oficiais;

– Em amistosos, os clubes já se duelaram três vezes, com duas vitórias para o Flu e uma para o Santa Fé;

– O único time colombiano já enfrentado pelo Fluminense em competições da CONMEBOL é o Atlético Nacional, com retrospecto de três vitórias e uma derrota a nosso favor.