Meus amigos, o time do Corinthians é pra lá de comum. Arrumadinho, experiente, mas comum.

Nossa torcida botou muito mais gente que eles nos estádios. Arrebentamos em São Paulo e enchemos o Maracanã.

 
 
 

Essa combinação entre adversário comum e torcida explodindo – no futebol que eu conheço – pede impor o jogo.

Nas arquibancadas, gigante; no campo, um time medroso.

Absolvo os jogadores. Todos eles. Se falharam individualmente é porque falta qualidade. Raça, entrega, respeito, isso não faltou, não.

Agora, não dá para passar pano nas escolhas do novo treinador. Oswaldo tem décadas de futebol. Não foi burro, não foi inexperiente, foi covarde. COVARDE, assim, em caixa alta.

O Fluminense passou o jogo inteiro em Itaquera e deu apenas dois chutes a gol. Ambos com o Nenê, um do meio da rua e outro que passou raspando depois de desviar na zaga.

Ah… Mas o time tinha acabado de perder o treinador anterior, jogava inseguro, na casa do adversário… Ok. Comemoramos o resultado muito mais porque ele nos manteve vivo do que propriamente pelo placar, que nos tirava no jogo da volta com um empate.

Se dá para entender a escolha de São Paulo, o que dizer da que foi feita no lindo Maracanã de ontem?

Covardia!

Além do gol, de bola parada, o Fluminense finalizou com perigo apenas uma vez, de novo num chute do Nenê do meio da rua.

Aí a gente, com gosto de guarda-chuva na boca, querendo entender o que passa na cabeça do treinador, vai nas notícias sobre a entrevista pós jogo e vê que ele apostava nas bolas paradas.

Oswaldo, vá para o inferno! Você dirige um time gigante, esteve à beira do campo de um Maracanã cheio de eletricidade vinda das arquibancadas. Jogar por bola parada? Você está de brincadeira?

Repetir o padrão defensivo mostrado em São Paulo, com um time sem centroavante contra uma das melhores zagas do país foi de uma covardia que nos humilha enquanto torcedor de time grande.

De novo?  Vá para o inferno!

Você jogou no lixo 60 minutos de futebol nessa sua história de “tínhamos que tomar cuidado”. Que diabos significa esse “tínhamos que tomar cuidado”? Se nós precisávamos tomar cuidado imagine o adversário, jogando fora e sendo encurralado pelo time da casa…

O Corinthians só passou a ser incomodado após fazer o primeiro gol. Até então o Fluminense pareceu um gatinho na hora de atacar. Sem referência, sem jogadas laterais, sem aquela pinta de que queria ganhar o jogo a qualquer custo.

Você nos tirou isso. E ao nos tirar o protagonismo do jogo de ataque em casa, arranhou nosso orgulho.

Covarde!

Que não venham os corneteiros de sempre dizer que estou falando do Diniz nas entrelinhas. Não estou. Sobre o Diniz já escrevi antes. Talvez fossemos eliminados também e aqui estaria eu discutindo os porquês. O Fluminense que importa é o de hoje, o concreto, e esse foi maltratado pela estapafúrdia escolha de um treinador covarde que abriu mão de partir para cima com medo de uma equipe comum, jogando fora de casa.

O futebol quase nunca premia a covardia. O Fluminense, em sua história foda, venceu campeonatos com a força de uma camisa que se impunha.

Aquilo que se viu ontem das quatro linhas para fora é o Fluminense.

Aquilo que se via dentro delas, nos carrinhos, na vontade, na entrega, tinha Fluminense.

Aquilo que saiu da sua prancheta, de sua cabeça sem alma, é qualquer coisa menos o meu time.

Vá para o inferno! E vá pela sombra, com todo cuidado. No final vai estar quente pra cacete do mesmo jeito.

Vergonha! Seus jogadores e nossa torcida mereciam alguém com mais entendimento sobre o que é ser Fluminense.

Vá para o inferno!