flusocio1A CBF resolveu atender ao pedido da FIFA, maior entidade do futebol, e punir clubes do país, com a perda de pontos, no caso de atrasarem os salários dos atletas. A medida parece a mais interessante, observando-a do ponto de vista de coesão de mercado. Entretanto, devido a falta de isonomia que existe no Brasil quanto relacionamento de alguns clubes e algumas “facilidades”, o grupo político entende como injusta a punição por atrasos salariais enquanto não houver uma reforma financeira igualitária ou, ao menos, próxima disto.

Confira, na íntegra, o post intitulado “Pelo fair play financeiro global”:

 
 
 

“Em reunião realizada ontem na CBF, foi criada uma regra de fair play financeiro para punir com a perda de pontos os clubes que atrasarem salários.

Num mundo ideal, a medida seria fantástica, afinal todos teriam os mesmo direitos e deveres a cumprir.

Mas num país onde o negócio futebol pratica as seguintes distorções:

1) Alguns Clubes vivem de seu esforço próprio e outros possuem patrocínios estatais;

2) Alguns Clubes tem estádios próprios, outros alugam ou pagam taxas como mandante, outros receberam estádios do Poder Público em condições facilitadas com a desculpa da Copa do Mundo;

3) Alguns Clubes vão receber cotas de TV 3 ou 4 vezes maiores que seus adversários diretos, mesmo que a diferença média das audiências em TV aberta não chegue a 20%;

4) Alguns Clubes obtém uma constante benevolência por parte do Poder Público em parcelamentos fiscais, enquanto outros são perseguidos;

5) O número de partidas exibidas na TV não é o mesmo para todos os Clubes, o que distorce a exposição e a desequilibra a busca por patrocínios;

Como é que se pode punir algum clube com perda de pontos sem pensar nas condições do ambiente de negócios, que não são as mesmas ou sequer parecidas para todos?

Somos a favor do fair play financeiro sim, mas que ele seja global.

Para a medida ser justa, as distorções precisavam ser minimizadas antes da criação da nova regra.”


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