mcp2O vídeo de um torcedor do Fluminense em que mostra Mauro Cézar Pereira criticando o clube divulgado pelo NETFLU na segunda-feira ganhou repercussão. O maior grupo político de apoio a Peter Siemsen, a Flusócio, lançou uma nota de repúdio ao jornalista da ESPN Brasil. Confira:

O propósito do presente post é questionar o efetivo envolvimento da imprensa nos diversos atos de violência moral e física sofridos por torcedores do Fluminense Brasil afora.

 
 
 

Diversos repórteres dizem que não podem responder por atos de selvageria provocados pelas pessoas. Mas se esquecem que, dias antes, deram declarações odiosas ao Fluminense, mediante narrativa mentirosa dos fatos, induzindo o público a achar que o Fluminense moveu processo contra a Portuguesa, e que o Fluminense causou a perda dos pontos para se manter na primeira divisão.

Acontece que historicamente nós sabemos que a imprensa participa, sim, dos atos mais absurdos praticados pelas pessoas. Participa porque influencia.

Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, conseguiu convencer uma nação a nutrir ódio contra toda uma etnia. Após todo o direcionamento dos meios de massa, sinagogas foram queimadas, judeus foram alijados e massacrados não apenas pelo aparato estatal nazista, mas também por boa parte da população alemã da época – que acusava a localização dos foragidos à polícia, para os tristes fins que nós já sabemos. Goebbels não foi reconhecido por dar um único tiro contra um judeu. Mas nós sabemos tudo que foi feito com base em sua forte propaganda.

Aqui no Brasil, o célebre caso da Escola Base, em que três pessoas foram acusadas precipitadamente pela imprensa de serem coniventes com a prática de pedofilia, perderam suas vidas porque seus vizinhos, parentes e amigos foram convencidos pela mídia de que, se eles não violentaram diretamente as crianças da creche, foram no mínimo complacentes com o que acontecia. Tempos depois, percebeu-se que não houve delito algum.

A situação é muito simples. Os meios de comunicação, por todo o seu aparato e a manifestação de diversas pessoas, são dotados de credibilidade perante o público em geral. O cidadão médio tende a acreditar que o que é veiculado, é verdade. De outro lado, uma pessoa se diz acusada injustamente “pelo sistema”. Em quem acreditar? O mais simples é acreditar na imprensa.

E o que dizer quando jornalistas afirmam que o torcedor do Fluminense merece desprezo? Veja esse vídeo do jornalista Mauro Cezar Pereira e tire suas conclusões.

Note que em momento algum é aberta participação do clube para responder a essa manifestação de ódio figadal. O que você faria se não fosse torcedor do Fluminense? A resposta é muito simples.

Ora, se a democracia foi restaurada no Brasil mediante massificação na mídia; se um regime presidencial foi deposto com forte participação popular mediante massificação na mídia; fica difícil, muito difícil, dar ares de neutralidade a uma manifestação como a do “jornalista” (ou seria um torcedor tresloucado com microfone?) Mauro Cezar Pereira.

A ele, sim, o nosso desprezo, assim como a todos os pseudo-repórteres que, por meio de declarações de ódio e de meias-verdades, mancham a imprensa brasileira e envergonham o esporte nacional. Sim, envergonham, porque acham que sua posição é a de dar espetáculo e fazer piadinhas, distorcer muitas vezes motivado por populismo e demagogia, quando a função do jornalista não é fazer da bancada o picadeiro de um circo, e sim noticiar os fatos como eles são.


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