Grupo político sugeriu contratação de Maria TV, do jornalista Décio Lopes
Grupo político sugeriu contratação de Maria TV, do jornalista Décio Lopes

Paulo Brito, direto das Laranjeiras

 
 
 

A situação do Fluminense dentro de campo se confunde com o que acontece fora dele, mais precisamente nos bastidores do clube. Acumulando resultados ruins desde a temporada passada, quando chegou a ficar rebaixado por um dia, até que foi divulgada a escalação irregular do lateral-esquerdo do Flamengo, André Santos, e, ainda, do meia da Portuguesa, Héverton, o Tricolor tenta se reerguer. Entretanto, os problemas com penhora, devido a dívidas passadas e, principalmente, a relação instável com o patrocinador, dificultam uma reestruturação na velocidade desejada.

Neste cenário, curiosamente, o maior grupo político do Tricolor, a Flusócio, que ajudou a eleger e reeleger o presidente Peter Siemsen, passou a fazer o papel de “advogado do Diabo”. Através de seu blog oficial, o grupo iniciou uma série de críticas contra a administração atual, não poupando, inclusive, o mandatário. Em cima disto, talvez o setor de comunicação, um dos poucos que não mantém ninguém da agremiação política, passou a ser o alvo preferido. As reclamações giram em torno da utilização das redes sociais e do suposto despreparo das 10 pessoas que ocupam o espaço hoje em dia.  

Recentemente, inconformados com a maneira que a parte comunicacional do Tricolor vem sendo conduzida, a Flusócio sugeriu ao presidente Peter Siemsen uma reformulação total do setor, que custa cerca de R$50 mil mensais. A ideia seria contratar a produtora Maria TV, do jornalista Décio Lopes, torcedor do clube, que já foi apresentador do “Expresso da Bola”, do canal por assinatura Sportv. O projeto, encomendado pelo grupo político, também custaria aproximadamente R$50 mil, mas com a metade do pessoal, sem incluir fotógrafos, assessoria de Xerém e administração para o site oficial, que é dividido em três (futebol, esportes olímpicos e social). Numa conta simples, o dobro do custo, com uma cobertura menos ampla, em tese, do que atual.

Projeto proposto pela Maria TV:

– Cinco profissionais com o custo de cerca de R$50 mil mensais (o contrato seria de um ano).

– A equipe seria formada por um jornalista no Rio de Janeiro, um jornalista que ficaria em São Paulo, um humorista (para cuidar das redes sociais) e um cartunista (para fazer tiras infantis e postá-las no Facebook).

– Para ajudar a evitar a crise e melhorar relação com a imprensa, sugere brindes e camisas, (pedindo uma cota mensal de 20 uniformes oficiais).

– Pôr matérias positivas na imprensa em geral.

– Manter um bom diálogo com os jornalistas que fazem a cobertura do Fluminense.

– Tentar levar celebridades aos estádios (para poder ajudar a divulgar o clube).

– A criação de um programa de TV quinzenal no Premiere Futebol Clube.

Vale lembrar, porém, que algumas das situações propostas, como a tentativa de levar celebridades aos jogos e o programa de TV no Premiere FC já existem, assim como é de praxe uma assessoria ajudar a vincular informações positivas junto aos diversos canais de imprensa e manter diálogo com os mesmos.

Toda a decisão, além de ser aceita pelo mandatário Peter Siemsen, teria de ter a aprovação do assessor especial da presidência, Jackson Vasconcellos, atualmente responsável pelo setor. O pedido da Flusócio, porém, foi rejeitado pelo presidente do clube.


Sem comentários