(Foto: Divulgação/FFC)

O Movimento “Eu Sou Tricolor” divulgou um manifesto requisitando a renúncia de Pedro Abad da presidência do Fluminense. O grupo ainda reforça a convocação para um protesto que acontecerá no sábado, dia 20, antes do clássico com o Botafogo no Maracanã. Confira abaixo na íntegra:

Manifesto Pela Renúncia Presidente Pedro Abad.
Nota de Apoio e Convocação para as Manifestações do dia 20/01/2018
Movimento EU SOU TRICOLOR
(Tudo pelo Fluminense, Nada do Fluminense)

 
 
 

O Movimento Eu Sou Tricolor, vem pelo presente, apresentar manifestação pública pela imediata renúncia do Presidente Pedro Abad e soltar nota de apoio e convocação para as manifestações do dia 20/01/2018.
Inicialmente queremos reiterar a nossa disposição para o diálogo a qual manifestamos desde que passamos a comunicar as intenções do movimento nas redes sociais. Nunca nos faltou vontade de ouvir e principalmente de contribuir para com a gestão do clube; contudo, os últimos acontecimentos nos deram a certeza de que não há qualquer intenção por parte dos que hoje comandam o futebol do clube em aceitar qualquer tipo de ajuda.
Vejamos, sob o auspício de uma suposta austeridade financeira, a atual gestão vem, a passos largos, destruindo o principal produto que caracteriza e valoriza a marca Fluminense Football Club.
Imaginemos, a titulo de ilustração, uma padaria que, precisando cortar custos, decida que não mais venderá pão, ou que uma churrascaria premida da mesma necessidade entenda por não mais fornecer carne aos seus clientes. Sim, tais exemplos são absurdos e beiram o ridículo, mas retratam exatamente a situação atual do Fluminense.
Ocorre que o descontrole das finanças fez com que a gestão do clube resolvesse por não mais fornecer futebol aos torcedores. E isso nada mais é do que os exemplos acima citados. 
Pode parecer estranho afirmar que o clube não mais “fornece futebol”, mas se percebermos o desânimo da torcida, ou mesmo a falta de interesse daqueles que preferem não mais assistir aos jogos, veremos que a realidade muito se aproxima disso.
Nesse passo, o desencanto é ainda maior quando se percebe que não existe nenhum planejamento de curto ou médio prazo para reequilibrar as contas do clube. Não há imaginação para buscar patrocínio, parcerias, enfim, um fiasco total que se reflete na vergonha e na revolta estampadas no rosto do torcedor tricolor já nos primeiros jogos do ano.
A inépcia para negociar jogadores, para gerir crises, se mostra a marca registrada da atual gestão. Vejamos o caso do atleta Gustavo Scarpa. Perdemos o atleta para um clube brasileiro por conta de uma rescisão obtida na justiça trabalhista. Mas, era preciso avançar até este ponto? Vestir a camisa do Fluminense não pode ser um ônus e quando se chega a tal ponto é necessário refletir, com humildade (coisa que atualmente passa longe das Laranjeiras) para encontrar as razões.
O caso emblemático acima, mas que não se revela o único, dá mostras do que foram capazes as gestões apoiadas pela Flusócio, ao nível a que fomos rebaixados e a premente necessidade de que algo seja urgentemente mudado.
Some-se a isso o fato de que, mesmo o pouco que vinha funcionando começa a dar mostras de falência. O que dizer da pífia participação do time júnior na Copa SP? Ora, qualquer um que tenha assistido aos jogos percebe que alguns daqueles garotos nem mesmo poderiam ter passado pela famosa “peneira”. Pergunta-se, são esses os “jovens talentos” que reforçarão o time principal diante da falta de condições de contratar jogadores?
Em meio a todo esse caos, por onde anda o senhor, presidente? Ninguém sabe! Talvez nem mesmo o próprio mandatário o saiba, vez que parece perdido, atônito com todo o ocorrido. No ensejo, outra indagação: quem de fato comanda o Fluminense? Sim, fazemos esta pergunta por que vemos constantemente membros do grupo de sustentação manifestando-se em nome do clube nas redes sociais. Quem manda? A resposta é apenas uma, ninguém manda e todos mandam, uma verdadeira babel tricolor.
É nítido que o atual presidente perdeu(se é que já teve) a capacidade de coordenar as ações e hoje não passa de mera figura ilustrativa dentro do clube que se encontra nas mãos de ineptos e arrogantes, incapazes de buscar apoio e muito menos de tirar o Fluminense do lamaçal em que se encontra.
De todo o exposto serve o presente para, manifestando o grito que tem ecoado pelas arquibancadas em todos os jogos do Fluminense, pedir a imediata renúncia do Presidente Pedro Abad ao cargo.
O Movimento Eu Sou Tricolor apoia e convoca os seus integrantes para a manifestação marcada para o dia 20/01/2018, nos moldes em que foi convocada (sem qualquer tipo de violência ou atos de vandalismo), com vistas a exigir a renúncia imediata do presidente do clube.

Alex Campos 
Presidente
Marcelo Daemon
Fundador