Como o NETFLU divulgou em primeira mão na última segunda-feira, o ex-diretor de futebol do Fluminense, Fernando Simone, assumiu a assessoria da presidência do presidente Pedro Abad. Em cima disto, o grupo MR21, que apoiou o representante da Flusócio nas últimas eleições, fez um post sob o título “ciclo vicioso”, onde condena a maneira como a gestão vem sendo conduzida.

Confira:

 
 
 

“Entramos no décimo-quinto mês da gestão atual no clube e surpresas não param de aparecer.

Infelizmente pouquíssimas boas.

O Fluminense vive de apagar incêndios. A cada dia surge uma nova cobrança de dívida, aparece algum empresário buscando seus direitos ou mesmo descobre-se algum e-mail de funcionários do clube abrindo mão de direitos do clube.

No momento em que mais precisamos de união para tirar o Fluminense desta situação a presidência está cada vez mais isolada. Isolada de seus parceiros políticos com quem compôs a base para sua eleição, isolada de parte do Conselho Deliberativo, isolada da maioria dos sócios e, mais importante, isolada da sua torcida.

O Fluminense só existe por conta de sua torcida. Não existe recuperação do clube sem passar pela reconquista da torcida.

Novamente, estamos vendo um clube do tamanho do Fluminense ser conduzido de forma, no mínimo, amadora.

O pior é que existe um plano entregue pela consultoria contratada no início da gestão atual, que custo caro inclusive, e que parece relegado à alguma gaveta.

Bastava ter alguém que liderasse o clube pelo caminho indicado. Alguns clubes seguiram esse caminho e hoje começam a colher os frutos administrativos dessa acertada decisão.

Ademais, tudo tem que ser resolvido na mesma hora, com fluência, com rapidez, pois o clube não suporta mais resolver um problema de cada vez.

Ou não resolver os problemas.

Não estamos a dizer que é fácil, mas é o que precisa ser feito. O caminho está demonstrado, agora precisa-se de pulso e coragem para fazê-lo.

Sabemos que o remédio é amargo, muito amargo, mas é necessário ser tomado.

Não há atalhos.

Não dá mais para adiar as soluções, há que se arregaçar as mangas e trabalhar, mas isso não impede que se busquem os responsáveis por estar o clube nessas condições.

Não se pode ter medo.

Tem que se fazer o certo. Não é caça às bruxas, mas não se pode deixar as coisas a esmo.

Se Estatuto do clube permitir, deve-se revisar o processo de aprovação das contas. Os poderes constituídos do clube precisam dar o recado que a incompetência e a utilização incorreta dos recursos devem ser duramente combatidas.

Infelizmente, o atual Presidente demonstra não ter capacidade de liderança suficiente para conduzir o clube por esse caminho difícil.

As brigas certas precisam ser compradas, feudos precisam ser destruídos, o poder precisa ser descentralizado, a capacidade técnica das pessoas precisa prevalecer sobre seu papel político.

O Fluminense não pode ser gerido por uma única mente.

O Fluminense não pode ficar refém de atos de autoritarismo!

Uma nova forma real de gerir o clube precisa ser posta em prática.

Não podemos achar que esse modelo atual nos dará resultados diferentes, pois não acontecerá.

Que ninguém se iluda!

É tão simples quanto isso.”