União formada às vésperas da eleição está ruindo (Foto: Marcello Neves/Vavel)

Unidos às vésperas da eleição do fim de 2016, Pedro Abad, presidente do Fluminense, e Cacá Cardoso, vice geral, já não falam a mesma língua. É o que noticia o jornal “O Globo”. De acordo com a publicação, os grupos de apoio de ambos estão em processo de ruptura.

Antes do pleito, o Flusócio, grupo de Abad, uniu-se ao Unido e Forte, de Cacá e Diogo Bueno (atual vice de finanças). Havia um acordo: em caso de vitória nas urnas, o que aconteceu, os poderes no clube seriam divididos igualmente. Desta maneira, Pedro Abad ficou com a presidência do conselho diretor e Gustavo Donati, do Unido e Forte, com a do Conselho Fiscal. O grupo de esportes olímpicos, tradicional apoiador do Flusócio, assumiu a cadeira do Conselho Deliberativo com José Guisard. Quando este renunciou ao posto, tudo mudou para pior.


 
 
 

O Unido e Forte considera o interino Fernando Leite ideal para o cargo. Assim, preteriram Renato Martins, do Olímícos. As lideranças, então, reuniram-se com membros da Flusócio na última sexta para tratar a divisão dos poderes acordada antes da eleição e prestes a ser quebrada, mas de nada adiantou.

Modos de agir de ambas as frentes causam desgaste. Enquanto o grupo da Cacá questiona a condução do clube por parte de Abad, como a aprovação das contas do último ano da gestão Peter Siemsen, em 2016, os apoiadores do presidente o vêem abandonado no momento mais complicado. Coube ao mandatário assumir sozinho culpa por erros que não são só sua responsabilidade. Grande exemplo é a barca de jogadores, do ano passado, cujas participações de Diogo Bueno e Miguel Pacha, vices de finanças e de interesses legais, respectivamente, foram determinantes.

A nova reunião para eleição do presidente do Conselho Deliberativo deve ser marcada ainda para fevereiro. Fernando Leite é visto como o único capaz de levar à frente, caso haja, um pedido de impeachment de Pedro Abad. Para isso, é necessário que chegue um requerimento com 50 assinaturas à mesa do órgão. Este processo, porém, não interessa a ninguém no Fluminense. Pelo estatuto do clube, caso o presidente seja impedido, ocorre nova eleição no Tricolor.

Já se Abad renunciar ao poder, Cacá Cardoso assume o seu lugar até o fim de 2019. Então, tal movimento ganha mais força. Conversas de Bueno com outras lideranças, nas quais faz duras críticas à maneira como o presidente se mantém fiel ao seu antecessor, Peter Siemsen, sugerem ser este o caminho a ser tomado pelo Unido e Forte.

Veja um gráfico com a linha do tempo publicado pelo jornal O Globo sobre a situação de Pedro Abad e Cacá Cardoso: