A torcida tricolor parece ter sexto sentido para pressentir os jogos que o Fluminense “gosta” de entregar. Em casa, contra o lanterna do Campeonato Brasileiro, que vinha de quatro derrotas seguidas… E não é que “deu ruim” mesmo? O Flu chegou embalado após três triunfos (dois no Brasileirão e um na Copa do Brasil), abriu o marcador logo cedo num golaço de Evanilson e parecia que nada podia dar errado. É… Parecia… Quando Hudson foi expulso de maneira infantil, tudo mudou e o adversário conseguiu arrancar o empate por 1 a 1 no Maracanã. O gol dos goianos foi de Renato Kayzer. Lá na frente esses pontos podem fazer uma falta danada.

Diante do lanterna do Brasileirão, o Fluminense começou com tudo. O meio de campo, à exceção de Hudson, tinha boa movimentação com Dodi, Michel Araujo e Nenê participando muito. Com menos de dez minutos, o “vovô garoto” conseguiu achar bom passe para Evanilson acertar um lindo voleio e abrir o marcador. Não poderia ser melhor.

 
 
 

O Tricolor das Laranjeiras, inclusive, criou mais chances para ampliar. Marcos Paulo perdeu boa chance dentro da área e Araujo, mais uma vez bem na equipe, teve duas oportunidades. Numa delas, obrigou o goleiro Jean a fazer boa defesa. Posteriormente, demorou a finalizar quando a bola caiu em sua perna direita e tentou levar para a esquerda, permitindo a recomposição da defesa adversária.

Por mais que não seja bom, o time goiano, por outro lado, não era nenhuma galinha morta e também tentava suas espetadas. A tarefa tricolor acabou ficando mais difícil numa trapalhada combinada de Nino e Hudson. O zagueiro, sozinho, atrapalhou-se e perdeu bola lá atrás. Já o volante, amarelado anteriormente de bobeira, cometeu falta na entrada da área e levou o segundo, sendo expulso. Na cobrança quase saiu o gol do Atlético, mas Marcos Felipe salvou com ótima defesa a batida perigosa de Renato Kayzer.

A desvantagem numérica mudou por completo a dinâmica do jogo. Na tentativa de recompor a parte defensiva do meio de campo, Odair Hellmann voltou para a etapa final com Yago no lugar do apagado Marcos Paulo. Os visitantes, no entanto, começaram a se engraçar e tinham em Renato Kayzer e Chico os mais agudos.

O avançar dos minutos reservou momentos de tensão para todos os tricolores. A partida virou um ataque contra defesa. O Atlético cresceu no duelo em busca do empate e passou a ter postura e presença ofensivas preocupantes. Nem mesmo a entrada do veloz Luiz Henrique no lugar de Nenê deu a velocidade necessária ao Flu para tentar resolver a vida num contragolpe. A tragédia estava escrita e Renato Kayzer, em mais uma bobeira da defesa, deixou tudo igual de cabeça. Araujo, pela lateral, teve a bola dominada e, cercado por vários, em vez de despachar, tentou prender. Acabou desarmado e daí saiu o cruzamento fatídico.

Em clima de lamentação, o Flu volta a campo no domingo, diante do São Paulo, no Morumbi.

O Fluminense jogou com: Marcos Felipe, Calegari, Nino, Digão e Egídio; Hudson, Dodi e Nenê (Luiz Henrique, 20′ do 2ºT); Michel Araujo (Fred, 38′ do 2ºT), Marcos Paulo (Yago, intervalo) e Evanilson (Fernando Pacheco, 35′ do 2ºT).