Clube tem oito dias para pagar valor determinado pela Justiça (Foto: Mailson Santana - FFC)

Miguel não jogará mais pelo Fluminense. Depois de entrar na Justiça para buscar a rescisão do contrato com o clube, válido até o meio de 2022, o meia, independentemente do resultado do processo, não atua mais com a camisa do Tricolor das Laranjeiras.

Desde a sexta-feira, quando seu pai e representante acionou o clube na Justiça, Miguel já não treina com o grupo. O NETFLU apurou que, mesmo no caso de perder o pleito, o máximo que o meia poderá fazer no clube é treinar separadamente do elenco.

 
 
 

A diretoria do Fluminense não recebeu bem a notícia do processo e ambas as partes levarão o caso até as últimas consequências.

É importante lembrar que o Arsenal (ING), Tottenham (ING), Milan (ITA) e, principalmente, a Juventus (ITA) têm acompanhado de perto a situação do jogador. Os dirigentes tricolores não entram em acordo com o estafe quanto a um aproveitamento melhor do jovem e a tendência é que siga assim. O fato de Miguel não ter muitas chances é motivo de discórdia internamente, além da difícil relação entre o presidente Mário Bittencourt e os representantes da joia da Xerém.

Utilizado em menos de 600 minutos em dois anos de clube, não considerando a estreia no Carioca de 2021, o jogador ainda procurava espaço em meio a um relacionamento conturbado com a diretoria. A certeza que paira no ar, neste momento, é que a possibilidade de renovação do atleta, que tem contrato até o meio de 2022, inexiste.

Recentemente, o pai do jovem, José Roberto Lopes, aceitou que ele fosse escalado na equipe sub-17 que disputaria o título da Supercopa do Brasil da categoria, em meio a tantos “nãos” ao filho com relação a oportunidades no profissional. Na ocasião, porém, o diretor de futebol, Paulo Angioni, entendeu que o jovem poderia atrapalhar o clima de um time que já estava bastante entrosado e que havia conquistado o Brasileirão sub-17.

Em seguida, veio a ideia de Angioni, conforme apuração do site número um da torcida tricolor, de levar o atleta para integrar o sub-23, sem data para retorno aos profissionais. O pai do atleta não teria aceitado, esperando por mais aparições de Miguel na equipe de cima. Seu contrato possui uma multa de 35 milhões de euros (R$ 235 milhões). Ou seja, a partir de janeiro do próximo ano ele já pode assinar pré-contrato com qualquer outro clube sem que o Fluminense receba nada por isso.